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Indemnizações compensatórias atingem mínimos "históricos"
Já foram superiores a 500 milhões de euros anuais, mas este ano as indemnizações compensatórias às empresas que prestam serviço público irão atingir pouco mais de 300 milhões de euros.
O Governo aprovou na quinta-feira, em Conselho de Ministros, a distribuição das compensações para este ano. "Estas indemnizações compensatórias representam, no seu conjunto, uma redução do esforço financeiro do Orçamento do Estado de 41 milhões de euros, cerca de 12 %, comparativamente com 2012, e de 170 milhões de euros, cerca de 34 %, em relação a 2010", adiantou o Governo em comunicado.
A tutela define, assim, ainda antes do final do semestre, que as empresas que recebem indemnizações compensatórias têm de aumentar receitas por outras vias e reduzir a dependência do Estado. Entre as mais prejudicadas tem estado a RTP que durante muitos anos recebia quase tanto como os transportes em conjunto (mais de 150 milhões de euros). Em 2012, a verba destinada foi de 90 milhões de euros.
O objectivo do Governo passa por deixar de pagar indemnizações compensatórias, ainda que os montantes tenham sido contestados pelas empresas durante anos, pela falta de critérios na atribuição. Foi pedida a contratualização do serviço público, mas essa questão nunca ficou verdadeiramente resolvida e as empresas continuaram a receber no final do ano, sem uma contabilização do que são os montantes devidos pelo serviço público. O resultado desta estratégia foi o recurso ao endividamento, que é o principal problema do sector.