Abalado por um escândalo de assédio sexual, o então CEO da HP viu-se obrigado a demitir-se do cargo no passado dia 6 de Agosto. Ontem, foi anunciado como novo co-presidente executivo e membro do conselho de administração da Oracle. Resultado: a Hewlett-Packard apresentou imediatamente queixa junto de um tribunal californiano, segundo o diário francês “Le Figaro”.

Assim, depois de ter sido obrigado a afastar-se devido ao caso de assédio, Mark Hurd vê agora ser-lhe instaurado um processo pela HP por violação do acordo de confidencialidade.

Para a Hewlett-Packard, a contratação de Hurd por parte de uma grande concorrente sua “coloca em perigo” informações confidenciais, relata o “Le Figaro”. O acordo assinado por Mark Hurd aquando da sua saída não contém uma cláusula de não-concorrência, mas inclui um compromisso de confidencialidade com a duração de dois anos, diz a mesma fonte.

“Nos novos cargos que vai desempenhar, Hurd ficará numa posição em que não conseguirá honrar os compromissos para com a Oracle sem ser forçado a utilizar e divulgar a outras pessoas segredos comerciais e informações confidenciais da HP”, salienta a sua antiga empregadora.

Com esta “batalha”, há já quem avance que a cooperação entre a HP e a Oracle (já que têm clientes comuns) no mercado das tecnologias poderá ser posta em causa.

Além de importante parceira da HP, a Oracle é também uma das suas principais concorrentes, sobretudo no mercado dos servidores depois da compra da Sun Microsystems no início do ano.