Notícia
Holding de Ferraz da Costa com "luz verde" para lançar fármaco à base de canábis
Infarmed autorizou colocação no mercado de produto da FAI Therapeutics. Unidade de negócio do Grupo Iberfar diz tratar-se da primeira preparação à base da planta de canábis especialmente formulada para fins medicinais de uma empresa 100% portuguesa.
A FAI Therapeutics, área de negócio da "holding" da família Ferraz da Costa, obteve a sua primeira autorização de colocação no mercado para um produto à base da planta de canábis para fins medicinais.
Em comunicado, a empresa indica que se trata da "primeira preparação especialmente formulada para fins medicinais de uma empresa 100% portuguesa".
"Conhecendo o rigor da monitorização do Infarmed é com grande satisfação que recebemos esta primeira autorização para uma autorização para colocação no mercado nossa", afirma a CEO da FAI Therapeutics e administradora do Grupo Iberfar, Joana Ferraz da Costa, citada, num comunicado enviado às redações.
"Sabemos que temos condições para entrar em força neste mercado, desde a fase da cultura biológica até à formulação e distribuição final, cobrindo toda a cadeia de valor e obtendo assim um produto com grande qualidade e consistência", reforça.
A colocação no mercado destes produtos é autorizada pelo Infarmed, estando sujeita a receita médica especial que limita o uso aos casos em que os tratamentos convencionais não produzem os efeitos esperados ou provocam efeitos adversos relevantes.
Estes produtos são indicados para dor crónica, associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso; espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C; estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA e síndrome Gilles de la Tourette.
Num artigo de opinião publicado no Negócios, no final de novembro, Joana Ferraz da Costa, filha do empresário Pedro Ferraz da Costa, que deixou o trabalho como economista no gabinete de estudos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) para se dedicar à mais recente área de negócio da holding da família, indicava que uma vez obtida a autorização de colocação no mercado o grupo farmacêutico pretendia "realizar estudos observacionais com médicos" para "recolher informação sobre os efeitos terapêuticos, incluindo os adversos, para depois concretizar ensaios clínicos – e com isso obter uma autorização de introdução no mercado".
E esse objetivo confirma-se: "Os próximos passos, depois da introdução no mercado português, serão a exportação para o mercado europeu, que está em reorganização profunda após as alterações legislativas na Alemanha. A maior dimensão da produção, que se pretende atingir, viabilizará um aumento considerável da área cultivada e o recurso à contratação da produção agrícola a outros agricultores, intenção declarada de Pedro Ferraz da Costa, líder do grupo Iberfar", refere a empresa.
A FAI Therapeutics é uma unidade de negócio do grupo Iberfar inteiramente dedicada ao cultivo, extração, I&D, produção, formulação e comercialização de produtos à base de planta de canábis para fins medicinais.
E a este primeiro produto - uma solução oral de CBD (canabidiol) , seguir-se-ão outros à base de THC (tetrahidrocanabinol, o principal componente da planta com propriedades psicotrópicas ) e da associação dos dois compostos para "uma maior flexibilidade de utilização pelos médicos subscritores no quadro da legislação vigente", adianta a FAI Therapeutics na mesma nota enviada às redações.
A FAI Therapeutics assegura toda a cadeia de valor, "da semente até ao doente" através da aliança entre as três empresas do grupo – Agrovete para a produção agrícola, Iberfar para a produção industrial, com garantia de qualidade farmacêutica, e Ferraz Lynce para a comercialização e exportação.
O Grupo Iberfar celebra 100 anos em 2024, mantendo atividade em todas as áreas desta indústria e apresentando um vasto conjunto de produtos para o bem-estar e tratamento de doentes, exportando mais de 70% da produção.
Em comunicado, a empresa indica que se trata da "primeira preparação especialmente formulada para fins medicinais de uma empresa 100% portuguesa".
"Sabemos que temos condições para entrar em força neste mercado, desde a fase da cultura biológica até à formulação e distribuição final, cobrindo toda a cadeia de valor e obtendo assim um produto com grande qualidade e consistência", reforça.
A colocação no mercado destes produtos é autorizada pelo Infarmed, estando sujeita a receita médica especial que limita o uso aos casos em que os tratamentos convencionais não produzem os efeitos esperados ou provocam efeitos adversos relevantes.
Estes produtos são indicados para dor crónica, associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso; espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula; náuseas e vómitos resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C; estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA e síndrome Gilles de la Tourette.
Num artigo de opinião publicado no Negócios, no final de novembro, Joana Ferraz da Costa, filha do empresário Pedro Ferraz da Costa, que deixou o trabalho como economista no gabinete de estudos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) para se dedicar à mais recente área de negócio da holding da família, indicava que uma vez obtida a autorização de colocação no mercado o grupo farmacêutico pretendia "realizar estudos observacionais com médicos" para "recolher informação sobre os efeitos terapêuticos, incluindo os adversos, para depois concretizar ensaios clínicos – e com isso obter uma autorização de introdução no mercado".
E esse objetivo confirma-se: "Os próximos passos, depois da introdução no mercado português, serão a exportação para o mercado europeu, que está em reorganização profunda após as alterações legislativas na Alemanha. A maior dimensão da produção, que se pretende atingir, viabilizará um aumento considerável da área cultivada e o recurso à contratação da produção agrícola a outros agricultores, intenção declarada de Pedro Ferraz da Costa, líder do grupo Iberfar", refere a empresa.
A FAI Therapeutics é uma unidade de negócio do grupo Iberfar inteiramente dedicada ao cultivo, extração, I&D, produção, formulação e comercialização de produtos à base de planta de canábis para fins medicinais.
E a este primeiro produto - uma solução oral de CBD (canabidiol) , seguir-se-ão outros à base de THC (tetrahidrocanabinol, o principal componente da planta com propriedades psicotrópicas ) e da associação dos dois compostos para "uma maior flexibilidade de utilização pelos médicos subscritores no quadro da legislação vigente", adianta a FAI Therapeutics na mesma nota enviada às redações.
A FAI Therapeutics assegura toda a cadeia de valor, "da semente até ao doente" através da aliança entre as três empresas do grupo – Agrovete para a produção agrícola, Iberfar para a produção industrial, com garantia de qualidade farmacêutica, e Ferraz Lynce para a comercialização e exportação.
O Grupo Iberfar celebra 100 anos em 2024, mantendo atividade em todas as áreas desta indústria e apresentando um vasto conjunto de produtos para o bem-estar e tratamento de doentes, exportando mais de 70% da produção.