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Greve dos estivadores de Setúbal teve adesão total e encerrou operações, diz SEAL

O presidente do Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL) disse hoje que a greve dos trabalhadores do Porto de Setúbal, que decorreu entre terça e quarta-feira, teve adesão total e levou ao encerramento das operações portuárias.

Rui Minderico/Lusa
07 de Junho de 2018 às 20:30
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"As operações portuárias estiveram totalmente paradas e todos os estivadores respeitaram o período de greve", disse António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística, em declarações à Lusa.

 

E prosseguiu: "sabemos que às oito da manhã de quarta, quando as operações se iniciaram, o Porto estava cheio de navios e presumimos também atrasos na chegada a Setúbal".

 

De acordo com o pré-aviso de greve, está em causa a "recusa" das entidades empregadoras em actualizar a tabela salarial, congelada desde 2010 e a constatação de "inúmeras práticas anti-sindicais". 

 

O sindicato acusou ainda um grupo de empresas de fazer "chantagem" com os trabalhadores, querendo levar alguns elementos a aceitar "a assinatura de um contrato individual de trabalho com uma empresa do mesmo grupo", defendendo que esta atitude figura uma "completa violação do contrato colectivo de trabalho".

 

Segundo o responsável, o objectivo de "chamar a atenção" para a "extrema precariedade" vivenciada no Porto de Setúbal foi cumprido. "A precariedade nos portos é incrementada pela legislação do trabalho portuário que continua sem ser alterada e que permite que a precariedade seja maior do que nos restantes sectores de actividade", sublinhou.

 

Questionado sobre o número de trabalhadores ao serviço no Porto de Setúbal, o responsável disse que verifica um máximo de 50 trabalhadores, acrescentando que "dos precários não há, propriamente, um registo". "No dia em que se registaram mais precários a trabalhar contabilizámos 208", indicou. 

 

Questionado sobre a possibilidade dos trabalhadores avançarem com novas formas de luta, o sindicalista disse que, para já, o objectivo é conseguir "chegar a um entendimento sobre as matérias em causa".

 

De acordo com António Mariano, a negociação com as empresas que pertencem aos grupos Yilport, ETE - Empresas de Tráfego e Estiva, bem como ao TMB - Terminal Multiusos do Beato prossegue na próxima terça-feira.  

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