A Metro de Lisboa e a Metro do Porto deveriam fazer um pagamento, na próxima segunda-feira, 16 de Setembro, para pôr termo a dois contratos “swaps” realizados com o Santander e que o IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública – considerou de tóxicos.

Mas o Governo pôs um travão ao pagamento destes contratos. O “Sol” adianta que o Ministério das Finanças confirmou a decisão, revelando que “foi dada a instrução de que não deverão ser feitos ou recebidos quaisquer pagamentos ao abrigo dos contratos em disputa judicial (e apenas desses). A instrução da suspensão dos pagamentos e/ou dos recebimentos perdurará até que exista uma decisão judicial definitiva sobre a validade dos contratos.”

A decisão de não se pagar a resolução dos contratos prende-se com o facto de se entender que este pagamento pode ser visto como uma "assunção de culpa", segundo uma fonte não identificada pelo jornal.

A guerra judicial entre o Estado e o Santander promete durar. Depois de, em Abril, o Governo ter admitido avançar para tribunal contra o banco no âmbito dos contratos “swap” realizados com empresas estatais, a 4 de Setembro, o Santander revelou que colocou uma acção no tribunal administrativo de Lisboa por haver informação “errada” nos cálculos feitos pelo IGCP. O objectivo final é que haja uma rectificação dos números e que seja paga uma indemnização ao Santander.