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Governo mantém modelo de gestão na TAP
O Ministério das Obras Públicas vai manter o actual modelo de governo da sociedade na TAP, que contempla uma comissão executiva e um conselho de administração, soube o Jornal de Negócios de fonte governamental.
O Ministério das Obras Públicas vai manter o actual modelo de governo da sociedade na TAP, que contempla uma comissão executiva e um conselho de administração, soube o Jornal de Negócios Online de fonte governamental.
A saída de Cardoso e Cunha do cargo de «chairman» não implica alterações no modelo de gestão da transportadora, mas apenas a substituição do presidente do conselho de administração. Com Cardoso e Cunha, saem também os dois elementos que o acompanharam no CA e que não faziam parte da comissão executiva, António Pinto e Fernando Santos.
O ministro das Obras Públicas, António Mexia já iniciou contactos para escolher o novo "chairman" da TAP, mas ainda não terá um nome definitivo para substituir Cardoso e Cunha. O nome de Faria de Oliveira, que está a ser referido como provável substituto de Cardoso e Cunha, não foi confirmado, para já, por fonte oficial do Ministério das Obras Públicas. O gestor está na administração da companhia como elemento não executivo desde 1996.
A comissão executiva liderada por Fernando Pinto mantém-se em funções até ao final do contrato que termina a 31 de Dezembro deste ano. Só mais perto desta data é que será equacionada a eventual continuidade dos gestores brasileiros com um novo contrato.
Cardoso e Cunha aceitou apresentar a sua demissão antes do fim do mandato, tendo direito à indemnização prevista na lei pelo facto de sair cinco meses antes do fim do seu contrato.
A saída de Cardoso e Cunha, negociada ao mais alto nível dentro do Governo, representa uma reviravolta nas opções sobre a gestão da TAP. O anterior Governo tinha já chegado a acordo com Fernando Pinto e os gestores brasileiros da sua equipa, Luiz Gama Mor, Manoel Torres e Michael Conolly, sobre as condições da saída antecipada da transportadora portuguesa. Para a sua concretização, que estava prevista para o final de Julho, faltava só o aval político.
Cardoso e Cunha e Fernando Pinto foram os principais protagonistas de um conflito de estilos de gestão e de poderes na TAP que durava há mais de um ano, degradando a situação na transportadora.