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Governo confirma proposta de Talone para presidente executivo da EDP (act)

O Governo confirmou hoje oficialmente que o Estado vai propor na próxima assembleia geral da Electricidade de Portugal a nomeação de João Talone para presidente executivo da eléctrica, ficando Francisco Sánchez presidente do Conselho de Administração.

08 de Maio de 2003 às 15:55
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O Governo confirmou hoje oficialmente que o Estado vai propor na próxima assembleia geral da Electricidade de Portugal a nomeação de João Talone para presidente executivo da eléctrica, ficando Francisco Sánchez presidente do Conselho de Administração.

Tal como adiantara já a imprensa o Governo anunciou hoje, através de uma nota à comunicação social do Ministério das Finanças e do Ministério da Economia, que vai propor a criação de um Conselho de Administração comporto por 13 membros, uma Comissão Executiva e um Conselho de Auditoria.

João Talone, que «desenhou» a reorganização do sector energético português, com a passagem do negócio do gás da Galp Energia para a EDP [EDP], será o novo presidente executivo da eléctrica e o actual presidente Francisco Sánchez será o líder do CA.

A composição da restante Comissão Executiva pelos administradores Jorge Godinho, presidente da Edinfor, Rui Horta e Costa, actual administrador financeiro, Navarro Machado e Pedro Rezende.

O Conselho de Auditoria será composto por 3 administradores independentes: António de Almeida, Neves Adelino e Luís Azevedo Coutinho, enquanto os restantes administradores não executivos, em representação dos accionistas de referência serão Vítor Martins, pelo accionista Estado; António de Sousa, pelo accionista CGD; e Paulo Azevedo e José Manuel Morais Cabral, pelos accionistas privados.

Galvão Teles continua como presidente da Mesa da Assembleia Geral e Vasco de Mello, presidente da Brisa, assume a presidência da Comissão de Remunerações.

Estado acredita no apoio dos accionistas privados

O Estado detém 30% do capital da EDP e acredita que «a proposta apresentada merecerá o apoio dos accionistas privados de referência».

O Banco Comercial Português e a Brisa detém 7% do capital da EDP e tinham proposto a criação de um Conselho Superior para a eléctrica, proposta que não foi seguida pelo Estado.

No mesmo comunicado o Estado afirma que «a criação de valor para os accionistas foi o critério que norteou a proposta» e « ponderou os interesses da empresa, de todos os accionistas e do País e está firmemente convicto que, com o modelo de gestão e a equipa propostos, se dá um passo em frente» na estratégia da empresa, que «enfrenta desafios de enorme responsabilidade face à criação do Mercado Ibérico de Electricidade, já em curso, à necessidade de obtenção de ganhos de eficiência».

O Estado considera ainda que o novo modelo de gestão - que iguala o da Portugal Telecom, Galp Energia e TAP - e a equipa são os adequados para enfrentar os desafios da empresa.

«Em particular, a liderança executiva por João Talone, que desempenhou as funções de Encarregado de Missão junto do Governo no estudo que serviu de base às opções de reestruturação do sector energético - para além do seu comprovado prestígio e experiência profissional - é a melhor garantia da concretização rápida e bem sucedida do modelo que mereceu o apoio dos principais accionistas de referência da empresa», refere a nota.

As acções da EDP subiam 1,82% para os 1,68 euros.

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