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Governo brasileiro congela licitações para campo de Tupi

A petrolífera estatal brasileira Petrobras está a investigar o roubo de "informação importante para a empresa", noticiado ontem pela "Terra Magazine". Os computadores roubados terão informação privilegiada, nomeadamente sobre o poço de Tupi - explorado po

15 de Fevereiro de 2008 às 17:36
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A petrolífera estatal brasileira Petrobras está a investigar o roubo de "informação importante para a empresa", noticiado ontem pela "Terra Magazine". Os computadores roubados terão informação privilegiada, nomeadamente sobre o poço de Tupi - explorado por um consórcio do qual a Galp faz parte - e o Governo brasileiro já deu ordem para que não haja licitações para a exploração daquelas reservas de crude.

A informação sonegada poderá conter detalhes confidenciais sobre a dimensão e viabilidade comercial dos campos de Tupi e Júpiter, pelo que o Governo brasileiro já deu ordem para não se promover nenhuma licitação para a exploração das reservas de petróleo naqueles poços até que a polícia federal esclareça as circunstâncias do roubo dos computadores da Petrobras, diz hoje a "Folha de São Paulo".

As licitações das suas áreas já estavam suspensas desde que a Petrobras divulgou as suas descobertas de um enorme campo de petróleo na camada pré-sal da bacia de Santos e continuarão na gaveta até que terminem as investigações, salienta o jornal brasileiro.

O receio do Governo é que os dados caiam nas mãos de empresas interessadas em explorar os referidos poços. Isso dar-lhes-ia vantagem no processo de licitação.

Segundo a "Terra Magazine", que citava fontes da petrolífera e da polícia federal brasileira, a informação terá sido roubada de um contentor que estava a ser transportado de Santos para Macaé.

A Petrobras informou, através de comunicado citado pela "Folha de São Paulo", que o roubo foi feito por uma empresa prestadora de serviços, mas não referiu nomes. Segundo a polícia federal, o contentor era transportado pela norte-americana Halliburton, mas a emoresa diz que não se pronunciará, a pedido da Petrobras.

A polícia federal brasileira confirmou ontem a abertura de um inquérito para investigar o roubo dos dois "notebooks" e de um disco rígido com as informações sobre as actividades da Petrobras e referiu que está a trabalhar com duas hipóteses: roubo simples ou espionagem industrial.

O caso está a ser estudado pelas autoridades desde ontem, apesar de a informação sobre o furto ter sido feito a 1 de Fevereiro, salienta o jornal brasileiro.

O contentor estava num navio que partiu do porto de Santos a 18 de Janeiro, com destino a Macaé, onde a Petrobras tem a sua base de operações da Bacia de Campos. O contentor chegou 12 dias depois e os seguranças perceberam que o cadeado tinha sido violado.

Com a sua descoberta anunciada em Novembro do ano passado, o campo de Tupi tem uma reserva estimada pela Petrobras entre cinco e oito mil milhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas de petróleo do mundo dos últimos sete anos.

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