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Governo ‘arquiva’ sociedade de garantia mútua para o turismo

O Governo vai abandonar o projecto de criar uma nova sociedade de garantia mútua para as micro, pequenas e médias empresas do sector do turismo, avançou José António de Barros, presidente da Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), em entrevista à a

19 de Maio de 2004 às 17:29
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O Governo vai abandonar o projecto de criar uma nova sociedade de garantia mútua para as micro, pequenas e médias empresas do sector do turismo, avançou José António de Barros, presidente da Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), em entrevista à agência Lusa.

De acordo com a mesma fonte, o presidente da SPGM salientou em entrevista «o insucesso registado ao nível do turismo» onde, há mais de dois anos, estava a ser tentada a criação de uma sociedade própria.

Apesar da «receptividade demonstrada pelas sociedades hoteleiras e dos esforços da SPGM», a iniciativa «teve que ser arquivada por não ter sido possível realizar a componente privada».

O texto da agência refere ainda que o «presidente da sociedade de investimento teceu, a este respeito, duras críticas aos operadores de agências de viagens» que, considera o mesmo responsável, «inviabilizaram a concretização do projecto», acusando-os o mesmo de «miopia, falta de visão estratégica e grave falta de gestão financeira».

«Não foi possível juntar 2,5 milhões de euros, 25% de capital social privado mínimo necessário para a criação de uma sociedade de garantia mútua», referiu.

Segundo explicou José António de Barros, metade daquele valor «estaria já assegurado pelas associações de hotelaria», que «imediatamente subscreveram e demonstraram total receptividade».

Contudo, «do lado das agências de viagens, onde há mais de 800 inscritas na APAVT [Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo], não se conseguiu juntar a outra metade [350 mil euros]», afirmou.

José António de Barros disse não compreender o fracasso, já que «este é o único sector obrigado a prestar garantias para poder funcionar, como a garantia à IATA (operador internacional de ‘ticketing’) para emissão dos bilhetes de avião.

Hoje, no Porto, o mesmo responsável avançou com a criação de uma nova sociedade de garantia mútua destinada às PME do sector agrícola.

A nova sociedade de caucionamento mútuo, a Agrogarante, vai arrancar no final do ano (último trimestre) com um capital de seis milhões de euros. «A Agrogarante está a ter uma adesão mutualista que superou todas as expectativas», afirmou José António de Barros, recordando que as três outras sociedades regionais já existentes nasceram com capitais muito inferiores: a Norgarante e a Lisgarante com capitais de 3,76 milhões de euros e a Garval com 2,67 milhões de euros.

 

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