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Governo aprova benefícios fiscais a nove empresas que devem criar 1.600 postos de trabalho

O Executivo liderado por António Costa aprovou nove contratos fiscais de investimento. Os projetos implicam um investimento total de 385 milhões de euros e preveem a criação de quase 1.600 postos de trabalho.

Pedro Catarino
19 de Dezembro de 2019 às 14:06
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O Governo aprovou esta quinta-feira, 19 de dezembro, as minutas de nove contratos fiscais de investimento. Em causa está a concessão de benefícios fiscais em projetos de investimento no país que preveem a criação de postos de trabalho.

 

No total, o Executivo aprovou nove contratos, que estimam um investimento total de 385,3 milhões de euros e a criação de 1.591 postos de trabalho, de acordo com a informação divulgada pelo Governo no comunicado redigido após a reunião do Conselho de Ministros.

 

Dos contratos aprovados, a Natixis é a empresa que prevê criar mais postos de trabalho em Portugal: 427. A empresa tem um projeto de investimento de 13,3 milhões de euros e prevê contratar os funcionários até 31 de dezembro de 2021.

 

A senior country manager da Natixis em Portugal, Nathalie Risacher, já tinha admitido que o objetivo era crescer em Portugal. Em entrevista ao Negócios, em abril, a responsável afirmou que a Natixis contava com 550 pessoas e que o objetivo era terminar o atual ano com 700 funcionários.

 

Em termos de valor, o maior contrato de investimento é da Ferrado Nacomporta, empresa que já tem luz verde para construir um resort no concelho de Grândola e que tem como um dos sócios Sandra Ortega, filha do fundador da Inditex. Este contrato estima um investimento total de 164,1 milhões de euros e a criação de 318 postos de trabalho até 31 de dezembro de 2023.

Também em Grândola, a Lauak viu aprovada a minuta do contrato fiscal que visa a construção de uma nova unidade industrial naquela região. A empresa prevê investir 33 milhões de euros e criar 274 novos postos de trabalho.

 

De acordo com a informação publicada em Diário da República aquando da aprovação dos contratos de investimento (em setembro), este projeto previa "um volume de negócios anual na ordem dos 30 milhões de euros" em 2023.

 

A Lauak "integra o grupo francês LAUAK, que é atualmente um dos principais fornecedores de componentes metálicos, permutadores de calor, tanques de combustível e conjuntos estruturais para a indústria aeroespacial", pode ler-se no despacho de aprovação do contrato de investimento.

 

Já a Eurocast Aveiro viu aprovada a minuta de um contrato de investimento fiscal associada a um projeto que prevê a criação de 173 postos de trabalho. A empresa, que integra o Grupo francês GMD e que trabalha na fundição de peças de alumínio a alta pressão para a indústria automóvel, estima que o projeto de investimento em causa ascenda a 49,7 milhões de euros.

A Borgwarner Emissions Systems Portugal estima realizar um investimento no valor de 9 milhões de euros e criar 148 postos de trabalhão até ao final de 2022. A multinacional americana inaugurou a fábrica em Lanheses, Viana do Castelo, em 2014, e é fornecedora mundial de componentes e peças para a indústria automóvel.

 

No Algarve, a Nozul, empresa de construção, promoção e gestão hoteleira, estima realizar um investimento de 67 milhões de euros e criar 144 postos de trabalho até 31 de dezembro de 2022.

 

Mais a Norte, a TMG – Tecidos Plastificados e Outros Revestimentos para a Indústria Automóvel deverá implementar um plano de investimento de 23,2 milhões de euros, prevendo criar 52 postos de trabalho até ao final de 2023.

 

A multinacional espanhola Gestamp Aveiro vai aumentar a capacidade da fábrica de Oliveira de Azeméis, prevendo um investimento de 20,6 milhões de euros e a criação de 35 postos de trabalho até ao final de 2022.

 

Por fim, a Vila Galé Internacional também vai beneficiar de um contrato fiscal, tendo em conta que prevê fazer um investimento de 5,4 milhões de euros e criar 20 postos de trabalho até ao final do próximo ano.


O comunicado do Conselho de Ministros adianta ainda que aprovou "um aditamento ao contrato fiscal de investimento celebrado a 22 de novembro de 2017, com a sociedade Bohus Biotech Portugal, Lda., que prevê um crédito a título de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas", não adiantando mais pormenores.

 

(Notícia atualizada pela última vez às 15:08 com mais informação)

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