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Google repõe páginas do The Guardian bloqueadas pelo “direito ao esquecimento”
Já 70.000 aderiram no período de um mês. Os ‘media’ britânicos tornaram pública a sua indignação quando receberam notificações de que artigos seus tinham sido visados.
A Google reverteu na passada quinta-feira, 3 de Junho, a sua decisão de remover dos motores de busca europeus algumas páginas de artigos do jornal britânico The Guardian. A informação foi avançada pela agência Reuters.
A medida cumpria a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) relativa ao "direito ao esquecimento", que define que ninguém poderá ver o seu nome divulgado para sempre na internet, nomeadamente informação "inadequada, irrelevante, obsoleta ou excessiva".
O The Guardian tinha protestado que tinham sido removidos seis artigos seus, na passada quarta-feira, entre eles três que davam conta da mentira do árbitro escocês Dougie McDonald quanto à marcação de uma grande penalidade.
Ainda assim, a Google não restituiu o página que conduzia a um artigo do editor de economia da BBC, Robert Peston. A peça, agora omissa do motor de busca, debruçava-se sobre a saída forçada do ex-CEO do banco de investimento Merrill Lynch, Stan O’Neal. A agência noticiosa não faz referência aos cinco artigos do Daily Mail que foram bloqueados.
De acordo com os dados mais recentes disponibilizados ao Negócios, datados de 3 de Julho, já chegaram à Google mais de 70.000 pedidos ao abrigo do "direito ao esquecimento", no período de um mês. Portugal registou 683 solicitações a este nível, que implicam o apagamento de 3.238 páginas.
A Google diz-se "focada no cumprimento desta decisão [do Tribunal de Justiça da UE], da forma mais reflectida e responsável possível". A empresa destaca que promoverá um "equilíbrio" entre o exercício deste direito e da própria liberdade de expressão.