Gonçalo Moura Martins, que foi presidente executivo da Mota-Engil, e Sandra Santos, cujo mandato à frente da BA Glass terminou em fevereiro, vão integrar o conselho que fiscaliza a gestão executiva da EDP, apurou o ECO junto de duas fontes que acompanharam o processo de escolha.

Segundo a publicação económica, os dois gestores foram escolhidos pelos acionistas de referência da elétrica - a China Three Gorges (CTG) e a família Masaveu - para administradores não executivos, para substituir as saídas de Esmeralda Dourado, João Carvalho das Neves e Carmen Rozado, todos na condição de administradores independentes.

Gonçalo Moura Martins (na foto) e Sandra Santos juntam-se assim ao advogado e conselheiro de Estado António Lobo Xavier sobre o qual recaiu a escolha dos principais acionistas para o cargo de presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da EDP, em substituição de João Talone.

Lobo Xavier tem vasta experiência como administrador e consultor de firmas ligadas a setores tão distintos como a banca, as telecomunicações ou a indústria. Dos cargos que ocupa atualmente em órgãos sociais de empresas destacam-se a de vice-presidente do conselho de administração do BPI, de administrador não executivo da NOS, da BA Glass ou da têxtil Rio Pele, mas António Lobo Xavier passou pelas estruturas de topo de muitas outras, contando várias do grupo Sonae (como Sonaecom, Sonae IM ou Público) do seu amigo pessoal Belmiro de Azevedo, a Mota-Engil (onde esteve, aliás, duas décadas) ou a Siva, num percurso que também incluiu uma breve incursão pela SAD do FC Porto.

A Assembleia Geral eletiva da EDP está prevista para 10 de abril.