A General Motors recebeu aprovação judicial, no seu primeiro dia de processo de falência, para vender activos já no próximo mês, depois de colapsar devido a 172,8 mil milhões de dólares de dívidas e de não conseguir adaptar-se à procura de carros mais pequenos por parte dos consumidores.

A fabricante automóvel, que ontem pediu protecção contra credores, ao abrigo do Capítulo 11 da Lei de Falências, obteve também permissão, por parte do juiz Robert Gerber, para aceder a 15 mil milhões de dólares de um empréstimo de 33,3 mil milhões concedido no âmbito do processo de falência, avança a Bloomberg.

O principal licitador dos activos da GM é o Departamento norte-americano do Tesouro, que irá fornecer à empresa centenária milhares de milhões de dólares em empréstimos que serão convertidos numa participação de 60% na nova empresa que sairá da reestruturação da fabricante de Detroit.

A GM pretende criar uma nova empresa nos próximos 60 a 90 dias, construída em torno das suas marcas nos Estados Unidos: Cadillac, Chevrolet, Buick e GMC.

“Só há um comprador em perspectiva”, afirmou a Gerber o advogado da GM, Harvey Miller, referindo-se ao governo norte-americano.

A General Motors listou como seus principais credores a Wilmington Trust, a United Auto Workers e o Deutsche Bank.