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Gestores temem "instabilidade" em ano de eleições

Uma em cada cinco empresas portuguesas admite que dá pouca ou nenhuma atenção à gestão de riscos. Um estudo divulgado esta quinta-feira mostra que os riscos económicos e sociais surgem no topo das preocupações para 2015.

Negócios 23 de Abril de 2015 às 00:01
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Mais de metade (53%) dos empresários e gestores portugueses estão receosos quanto aos riscos associados à "instabilidade política e social" em 2015, ano em que serão realizadas eleições legislativas em Portugal e em que decorrerá ainda a campanha para as Presidenciais agendadas para o início do próximo ano.

 

Este é um dos principais riscos que as empresas nacionais esperam enfrentar, segundo um estudo realizado pelo Grupo Marsh & McLennan Companies (MMC), só superado pela "crise financeira, crises fiscais e de liquidez", apontado por 54% das mais de 200 empresas inquiridas, pertencentes a 17 sectores de actividade.

 

Numa lista dominado por factores económicos e sociais, os participantes nacionais no estudo "Raio-X aos Riscos 2015 – A Visão das Empresas Portuguesas", valorizam igualmente os riscos associados à recessão (35%) e à concorrência (30%), que ocupam o terceiro e quarto lugares nesta lista, onde são apontados outros dois pontuados por 22% dos inquiridos: a retenção de talentos e os ataques cibernéticos.

 

Segundo as conclusões avançadas pelo Grupo MMC, que actua nas áreas de risco, estratégia e gestão de Recursos Humanos, 41% das empresas portuguesas considera que atribui uma importância elevada à gestão de riscos, sendo que 18% afirma dar pouca atenção e 2% diz não ter nenhuma relativamente a este tema.

 

Já no que toca aos riscos que o mundo enfrenta em 2015, os inquiridos portuguesas apontam em primeiro lugar a questão do desemprego (40%). Seguem-se a crise financeira (38%) e as alterações climáticas e os ataques terroristas em grande escala, que são referidos por 31% dos gestores. Menos preocupantes, segundo este estudo, são os riscos associados a uma crise da Zona Euro, que é citada por 27% dos inquiridos. 

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