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GE e Baker Hughes anunciam fusão no petróleo e gás

A fusão das unidades de crude e gás de ambas as empresas norte-americanas vai criar uma gigante do fornecimento de serviços no sector petrolífero.

Bloomberg
31 de Outubro de 2016 às 21:59
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A General Electric anunciou esta terça-feira que vai fundir as suas unidades de petróleo e de gás com a Baker Hughes, criando assim a segunda maior fornecedora do mundo em matéria de serviços a campos petrolíferos. "Isto numa altura em que se intensifica a concorrência no fornecimento de produtos e serviços mais eficientes à indústria energética após vários anos de preços baixos do crude", destaca a Reuters.

 

Recorde-se que a fornecedora de serviços petrolíferos Baker Hughes recusou em Maio passado, sobretudo devido a pressões regulatórias, da oferta de compra lançada pela empresa rival Halliburton.

 

A Bloomberg conta que, nesse mesmo dia em que o negócio de 28 mil milhões de dólares foi cancelado (e que teria unido os segundo e terceiro maiores ‘players’ do sector), Lorenzo Simonelli, director do departamento de petróleo e gás na General Electric, enviou um email ao presidente executivo da Baker Hughes, Martin Craighead, a expressar o interesse numa fusão.

 

Rapidamente Craighead se pôs em contacto com o seu homólogo na GE, Jeff Immelt, as conversações e negociações avançaram e hoje - seis meses depois de falhado o casamento Baker Hughes-Halliburton - o acordo acabou por ser anunciado.

 

A empresa que irá resultar desta fusão das unidades de crude e gás da GE e da Baker criará a número dois no fornecimento de serviços a campos petrolíferos, destaca a Reuters.

 

A nova companhia terá, segundo as projecções, receitas anuais de 32 mil milhões de dólares, e irá conjugar as forças da GE no fabrico de equipamento para produtores de petróleo e da Baker Hughes na prospecção e "fracturamento hidráulico [o chamado "fracking"] – que consiste na injecção de um fluido a alta pressão, no subsolo, para facilitar a extracção de crude – de novos poços. 

 

Este acordo terá agora de receber luz verde das autoridades de supervisão, mas analistas e advogados inquiridos pela Bloomberg disseram que deverá ser um processo pacífico. O plano de ambas as empresas para combinarem as unidades de petróleo e gás deverá conseguir evitar a oposição dos responsáveis pelas medidas anticoncorrenciais que levaram ao desmoronamento do acordo entre a Baker e a Halliburton.

 

Em bolsa, o entusiasmo esmoreceu esta segunda-feira, mas à conta da queda dos preços do petróleo. A General Electric fechou a ceder 0,41% para 29,10 dólares por acção, ao passo que a Baker Hughes recuou 6,29% para 55,40 dólares. No entanto, na sexta-feira, quando o negócio foi tornado público, as acções de ambas reagiram em forte alta.

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