A Galp Energia vai realizar na quarta-feira uma assembleia geral extraordinária que irá, essencialmente, aprovar a alteração dos estatutos da empresa, indicou ao Jornal de Negócios fonte oficial da holding de gás e petróleo.

A mudança dos estatutos tem como objectivo acomodar o novo acordo parassocial assinado pelo Estado, pela Eni e pelo Grupo Amorim, no final do ano passado, e que foi aprovado hoje pela Comissão Europeia, por se tratar de uma mudança no controlo accionistas envolvendo uma empresa com volume de negócios relevante fora de Portugal, o que deu a esta operação dimensão comunitária.

A assembleia geral da Galp, onde irá participar pela primeira vez o novo accionista, a Amorim Energia, que comprou a participação da EDP em 2005, irá ainda discutir e aprovar as linhas gerais da estratégia futura da empresa.

No entanto, o plano estratégico mais detalhado, que prevê um investimento da ordem dos três mil milhões de euros em cinco anos, só será aprovado em Abril, em conjunto com as contas de 2005, anunciadas na semana passada.

A Galp registou no ano passado lucros recorde de 442 milhões de euros, um crescimento de 33% face a 2004.

Para além da Amorim Energia, são accionistas da Galp, o Estado português, a Parpública, a REN e a Iberdrola. A Caixa deverá entrar com cerca de 3% da Galp, concentrando os poderes do Estado, no quadro do acordo parassocial que foi aprovado por Bruxelas. A REN tem um acordo para a venda da sua participação à Amorim Energia.