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Galp lucra 141 milhões no primeiro semestre
A Galp Energia fechou o primeiro semestre com resultados líquidos positivos de 141 milhões de euros. Este valor, segundo informação da empresa, representa uma descida de 8% face aos lucros obtidos na primeira metade do ano passado, mas está 57% acima do v
A Galp Energia fechou o primeiro semestre com resultados líquidos positivos de 141 milhões de euros. Este valor, segundo informação da empresa, representa uma descida de 8% face aos lucros obtidos na primeira metade do ano passado, mas está 57% acima do valor orçamentado para este período.
A holding manteve o esforço de redução do endividamento que caiu entre Dezembro último e Junho 270 milhões de euros, dos quais 190 milhões de euros se referem à actividade de petróleo.
A Galp, nos últimos resultados da responsabilidade de António Mexia, que sai da presidência executiva para o Governo, justifica a quebra dos lucros com um impacto da paragem para manutenção da refinaria de Sines. Esta situação, já prevista, resultou numa perda da margem bruta da ordem dos 25 a 30 milhões de euros. Os resultados foram ainda afectados por um cenário cambial mais desfavorável.
Do lado positivo, a empresa assinala a melhoria da performance operacional e o aumento da capacidade máxima de processamento na operação refinadora, que permitiu atenuar o impacto negativo da paragem em Sines.
No negócio do retalho de combustíveis, os resultados foram melhores que os verificados no primeiro semestre de 2003, não obstante "uma conjuntura menos favorável resultante do novo enquadramento de fixação de preços" – a liberalização. As vendas a nível ibérico cresceram 5%, apesar da redução em 11 postos. A área das lojas de conveniência foi a que mais cresceu – 51% nas vendas a nível ibérico, também potenciado pelo aumento de 37% das novas unidades.
No gás natural, negócio que será alienado até ao final do ano no quadro da reestruturação da energia, os lucros cresceram 64%. O acréscimo de 25 milhões de euros foi conseguido com o incremento do volume de vendas em todos os segmentos, da ordem dos 25%, mas também com a renegociação dos contratos de abastecimento de GNL (gás natural liquefeito). Na distribuição, negócio concentrado na Gás de Portugal que será controlada em parceria pela EDP e Eni, registou-se um aumento de vendas de 11%, tendo-se alcançado 784 mil clientes.
Na exploração e produção, os resultados semestrais duplicaram, uma vez superado o efeito da paragem para manutenção da única concessão participada pela Galp que está em produção, o Bloco 14 no "off-shore" angolano.