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Fusão Oi/Brasil Telecom cada vez mais perto

As negociações entre as brasileiras Oi e Brasil Telecom (BrT) ganharam um novo fôlego nos últimos dias, sendo que, segundo vários jornais brasileiros, a primeira terá oferecido 4,8 mil milhões de reais – 1,85 mil milhões de euros – por uma posição de cont

10 de Janeiro de 2008 às 13:02
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As negociações entre as brasileiras Oi e Brasil Telecom (BrT) ganharam um novo fôlego nos últimos dias, sendo que, segundo vários jornais brasileiros, a primeira terá oferecido 4,8 mil milhões de reais – 1,85 mil milhões de euros – por uma posição de controlo na BrT.

A união destas duas empresas – uma focada no sul e outra no Norte do Brasil – criaria o tão ambicionado operador de cobertura nacional de capitais brasileiros que Lula da Silva defende, de forma a combater o poderio internacional que tomou conta deste sector no Brasil, com a Telmex e a Telefónica/Telecom Italia.

Porém, esta não é uma operação fácil de concretizar, razão pela qual, em Novembro último, Luiz Eduardo Falco, líder da Oi, ex-Telemar, apontou para um prazo de "dois anos" para que a fusão estivesse fechada, sublinhando que "é preciso garantir que a fusão agrada a todos os sectores, governamentais e accionistas", disse.

Isto porque para que a operação avance a própria legislação brasileira terá que mudar, já que actualmente o Plano Geral de Outorgas impede que os mesmos accionistas tenham o controlo de duas concessionários, como será o caso.

Segundo fontes contactadas pelo Globo no ministério das comunicações do Brasil, as alterações legislativas "podem sair rapidamente".

Portugal Telecom atenta

A criação da operadora brasileira Oi/Brasil Telecom é um dos passos necessários para que a médio-prazo Lula da Silva e Mário Lino consigam avançar com o seu plano transcontinental de criar uma "mega-operadora de língua portuguesa", algo muito referenciado pelo próprio Henrique Granadeiro, presidente da PT.

Conforme o Jornal de Negócios noticiou, o ministro português esteve no final de Novembro último no Brasil para discutir com o ministério das comunicações do Brasil qual o papel reservado para a Portugal Telecom no futuro do sector, sendo que a criação de um "gigante de língua portuguesa" foi o tema mais quente que esteve em cima da mesa.

A salvação da língua portuguesa é, aliás, um desígnio também defendido pelos próprios homólogos de Henrique Granadeiro. "A América Latina já está virando um Tratado de Tordesilhas entre México e Espanha" lamentou Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom, no final de Outubro do ano passado.

Antes, em Agosto, já fonte oficial do ministério das comunicações do Brasil tinha apontado ao Jornal de Negócios que "o governo brasileiro vê com bons olhos a participação da PT nesse processo de fusão [Oi/BrT], para a formação de uma grande empresa de telefonia que possa competir internacionalmente".

Ainda a este propósito, recorde-se que a Portugal Telecom, durante o primeiro semestre de 2007, manteve negociações com a Oi, segundo confirmou então Granadeiro, para "um entendimento amigável" com a Oi "que possa, inclusivamente, envolver uma troca de participações para a construção de um pilar luso-brasileiro".

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