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Fusão entre Zon e Optimus eleva lucros da Sonae para 319 milhões

Lucros da Sonae SGPS ficaram em linha com o estimado pelos analistas, num ano em que a empresa liderada por Paulo Azevedo beneficiou com a fusão entre a Zon e a Optimus e a melhoria dos indicadores operacionais da companhia.

21.º- Paulo Azevedo 
É uma das maiores subidas do ano, depois de estreitar relações com Isabel dos Santos.
19 de Março de 2014 às 07:50
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A Sonae SGPS fechou 2013 com resultados líquidos de 319 milhões de euros, um forte crescimento face aos 33 milhões de euros apurados em 2012, com este aumento a ser justificado sobretudo pelos ganhos obtidos com a fusão entre a Zon e a Optimus.

 

Os analistas, de acordo com os números recolhidos pela Reuters, antecipavam lucros de 317 milhões de euros num exercício em que o perímetro de consolidação da empresa sofreu alterações, devido ao facto de já não consolidar a actividade de telecomunicações.  

 

Apesar do efeito da fusão que deu origem à Zon Optimus, que já tinha impulsionado os resultados nos nove primeiros meses de 2013, a Sonae SGPS beneficiou com a melhoria dos indicadores operacionais.

 

A empresa adianta que os resultados indirectos ascenderam a 289 milhões de euros, um valor que é justificado pela fusão entre as duas empresas, que contribuiu com um ganho de 443 milhões de euros.

 

As receitas subiram 3,2% para 4.821 milhões de euros, face aos valores pró-forma de 2012 (4.670 milhões de euros). O EBITDA avançou 1,2% para 475 milhões de euros, sendo que a margem baixou duas décimas para 9,8%, devido ao crescimento mais acentuado das receitas.           

 

Os resultados operacionais subiram 10% e os resultados financeiros melhoraram 13,1% para um valor negativo de 82 milhões de euros.

 

Em comunicado, a Sonae assinala que “todas as unidades de negócio reforçaram as suas vendas durante o ano de 2013”, tendo também o EBITDA registado uma variação positiva em tidas as actividades.

 

A Sonae investiu 164 milhões de euros no ano passado, um aumento de 29% face ao ano anterior, que

Tivemos de enfrentar um contexto de austeridade na Península Ibérica, com pressão sobre o rendimento das famílias e decréscimo do consumo privado
 
Paulo Azevedo

é justificado pela “abertura de novas lojas de retalho, pela aposta na internacionalização e pelo desenvolvimento de novos canais”.

 

A Sonae MC (retalho alimentar) abriu 70 lojas em 2013, para um total de 548 unidades. Já a Sonae SR (retalho não alimentar) tingiu 579 lojas, estando 167 fora de Portugal.

 

A Sonae assinala que reduziu a dívida líquida pelo 17º trimestre consecutivo, situando-se agora em 1.219 milhões de euros. Grande parte da queda de 597 milhões ficou a dever-se à desconsolidação da Optimus.

 

Paulo Azevedo, CEO da companhia, assinala que estes resultados foram atingidos “num ano cheio de desafios”, em que “tivemos de enfrentar um contexto de austeridade na Península Ibérica, com pressão sobre o rendimento das famílias e decréscimo do consumo privado, em particular no primeiro semestre do ano”.

 

Contudo, “no último trimestre do ano, podemos já observar algum crescimento do mercado, quando comparado com o ano anterior, que parece ser consistente com a melhoria registada nos índices de confiança, no emprego e no endividamento líquido das famílias”.

 

As acções da Sonae SGPS fecharam a subir 2,08% para 1,327 euros. 

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