A Efacec e a espanhola Isolux deverão anunciar até ao final de Março a integração das suas actividades, formando o segundo maior grupo ibérico no sector, avançou hoje o «Expresso» citando o presidente do grupo nacional.

Para a Efacec, empresa portuguesa de automação e robótica, a operação vem de encontro às suas pretensões de conquistar dimensão, para poder participar em concursos de maior porte. Enquanto a Efacec aposta nas tecnologias de telecomunicações, electrónica e robótica, a empresa espanhola centra-se na engenharia electromecânica. Com a operação as duas empresas deverão desaparecer para dar lugar ao segundo maior grupo ibérico do sector.

O presidente da Efacec, José de Morais, garante que a integração «vai garantir um grande equilíbrio entre os accionistas de referência dos dois lados. Não vai haver colonização de Espanha em Portugal». A co-presidência poderá ser uma das soluções encontradas.

A operação de integração não deverá exigir, segundo o presidente da Efacec, o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA), devendo passar por um aumento de capital com o aparecimento eventual de novos accionistas.

Os resultados do último exercício ainda não foram fechados, mas segundo José de Morais o total de vendas manteve-se ao mesmo nível de 1999, mas a carteira deverá ter crescido cerca de 25% para os 60 milhões de contos (300 milhões de euros). A Efacec apresentou em 1999 um lucro de 600 mil contos (3 milhões de euros).

A Efacec encerrou na sexta-feira a perder 0,29% para os 6,78 euros (1.359 escudos).