A Isolux pretende efectuar a integração da portuguesa Efacec, através da troca de acções e não prevê, «neste momento», o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Efacec, afirmou Jesus Salgado ao Canal de Negócios, porta-voz da empresa espanhola.

«As empresas estão a estudar os balanços e os activos para definir a participação que vão deter» na nova sociedade a criar, disse Jesus Salgado, adiantando que «as negociações estão a decorrer conforme o previsto».

O porta-voz da Isolux adiantou que «neste momento não está previsto o lançamento de uma OPA sobre a Efacec» e sublinhou que a integração da empresa nacional está a ser negociada com base numa troca de acções.

«Uma vez concluída a integração, o grupo vai cotar em Lisboa e Madrid», afirmou Salgado, que se manifestou confiante na conclusão do processo dentro de «cerca de dois meses».

O representante da empresa espanhola negou a existência de negociações com a Siemens para a entrada desta companhia no capital da nova sociedade, depois do jornal espanhol «Cinco Dias» ter avançado esta semana com o interesse da empresa germânica na Isolux/Efacec.

«Neste momento, o negócio é a integração da Efacec», defendeu Jesus Salgado, apesar de admitir que a Isolux não sabe «o que se vai passar depois da integração», uma vez que «qualquer empresa pode receber ofertas».

A Efacec não se encontrava disponível para comentar.

A empresa resultante da fusão entre a Efacec e a Isolux poderá obter um lucro líquido anual de 45 milhões de euros (9 milhões de contos) e uma facturação de 780 milhões de euros (156 milhões de contos), com 4.500 funcionários em mais de 40 países, de acordo com dados das duas empresas.

A Efacec encerrou a cotar nos 7,10 euros (1.423 escudos), registando uma descida de 0,28%.