Notícia
Fundos da Schroders às compras
A Schroders está a tomar posição em várias empresas portuguesas, através dos fundos de investimento que gere. Leonardo Mathias, director-geral da casa britânica em Portugal, confirma que, entre os activos adquiridos, estão já 1,01% da Portugal Telecom e 0
A Sonae SGPS foi outro título onde a gestora de activos inglesa entrou recentemente, embora neste caso se recuse a divulgar a posição já adquirida.
Este portfólio de títulos portugueses poderá crescer brevemente, uma vez que os gestores de fundos da Schroders continuam a olhar para as empresas do PSI 20.
«Em Portugal procuramos pequenas empresas, com títulos pouco líquidos», lança Adriaan de Mol van Otterloo, gestor de fundos da empresa inglesa, durante uma conversa com jornalistas portugueses à margem da «European Media Conference», realizada no final da semana passada em Londres.
Van Otterloo explica que, «como o prazo médio de investimento dos fundos que adquirem estes títulos é de cerca de três anos, a questão da liquidez dos títulos não é crucial». Além disso, fica subentendido, as chamadas ‘small-caps’ são menos «batidas» pelos analistas e investidores, podendo aí encontrar-se oportunidades de negócio que ainda não foram anuladas pela «eficiência» do mercado. Esta estratégia é, aliás, um dos pilares do fundo Euro Active Value, onde é alocada a generalidade dos títulos portugueses.
O gestor explica as razões que levaram à entrada naquelas empresas da Euronext Lisbon. Sobre a PT diz que «é uma das posições mais fortes que temos no sector das telecoms», compatível com a apreciação que fazem do título. «O portfólio total tem 75 posições na Europa. A PT é uma das maiores», enfatiza.
Na Impresa, a Schroders regista uma mais-valia potencial, uma vez que comprou os títulos a 2,1 euros, contra os 3,03 euros de fecho de ontem.
Posição diferente é a assumida sobra a banca nacional. «São interessantes, mas não estão baratos face aos bancos europeus. Não temos nada de bancos portugueses. Encontramos melhores investimentos noutras partes da Europa. Temos posições no BSCH há muito tempo. Entre 1% a 2%», afirma Otterloo.
Desinteresse também para a EDP e Brisa, que é penalizada com a subida dos "yields" das obrigações, que encarece o custo de financiamento.
O jornalista viajou a Londres a convite da Schroders.