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Fundação Ilídio Pinho nega ligação a "offshores"

A Fundação Ilídio Pinho nega qualquer envolvimento nos chamados Panamá Papers", garantindo que, "desde a sua constituição, nunca realizou quais operações com entidades 'offshores', nem tão pouco alguma vez dispôs de contas bancárias fora da União Europeia e dos Estados Unidos".

Ilídio Pinho discursa no lançamento da sua biografia.
Paulo Duarte
12 de Abril de 2016 às 19:02
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O conselho de administração da Fundação Ilídio Pinho (FIP) declara que "prestará naturalmente toda a colaboração às entidades competentes", apesar de negar qualquer ligação a "offshores" e aos chamados "Panamá Papers".

"A Fundação Ilídio Pinho, desde a sua constituição, nunca realizou quaisquer operações com entidades ‘offshore’, nem tão pouco alguma vez dispôs de contas bancárias fora da União Europeia e dos Estados Unidos", começa por afirmar o "board" da FIP, em comunicado enviado às redacções.

A reacção da FIP surge após a notícia publicada ontem, 11 de Abril, pelo "Expresso", com o jornal a garantir que Ilídio Pinho teve uma "offshore" no Panamá que funcionou em estreita articulação com a sua fundação.

"Quaisquer notícias ou pretensos documentos que, de algum modo, a relacionem com ‘offshores’ situados no Panamá, ou em outras paragens, são obviamente falsos", contrapõe a FIP, adiantando que "tomará todas as medidas para proteger a sua reputação e o seu bom nome".

Nesse sentido, continua o comunicado, "hoje mesmo foi solicitado à empresa Safehost que esclareça publicamente se alguma vez prestou qualquer serviço ou se teve contactos de qualquer tipo com a Fundação, directa ou indirectamente, tendo em conta as notícias surgidas" esta segunda-feira em alguns meios de comunicação social.

O "Expresso" escreve que, apesar de na sexta-feira Ilídio Pinho ter negado a existência de "offshores" suas, esses veículos existiram de facto, de acordo com os documentos dos Papéis do Panamá, que nascem de uma fuga de investigação de 11,5 milhões de ficheiros da sociedade Mossack Fonseca.

Na sexta-feira, o empresário negou qualquer associação à IPC Management Inc. "Não tenho rigorosamente nada a ver com isso, absolutamente zero", afirmou, salientando o papel da fundação na investigação científica.

Contudo, em 2006 uma "offshore" no Panamá aprovava a lista de responsáveis autorizados a mexer na conta bancária desta "offshore" situada nas Ilhas Virgens. A lista era liderada por Ilídio Pinho e incluía, além do próprio, outros membros do Conselho Superior da Fundação.

Além disso, realçava o "Expresso", uma factura de 2007 indica que a IPC Management Inc e a FIP eram, na verdade, a mesma entidade. A factura em causa indica como cliente a "IPC Management Inc. (Fundação Ilídio Pinho)".





(Notícia actualizada às 19:25)
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