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Francisco Lacerda: CTT querem “continuar a ser o prestador do serviço público no futuro”

O presidente dos CTT garante que a proximidade com as populações e as autarquias continua a ser um dos objectivos centrais da empresa. E garante que “têm vontade” de ser o operador do serviço universal postal.

Miguel Baltazar
31 de Janeiro de 2018 às 13:05
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A "ambição" dos CTT é "ter boa qualidade" do serviço que presta no âmbito do contrato com o Estado para a prestação do serviço público universal. A garantia foi dada pelo presidente dos Correios, Francisco de Lacerda, durante a audição que está a decorrer esta quarta-feira, 31 de Janeiro, no Parlamento por requerimento do PS.

 

"Em termos de ambição, é ter boa qualidade. Não direi a melhor do mundo, mas boa. E ter a população segura que recebem as suas cartas a tempo e horas", sustentou o responsável.

 

Francisco de Lacerda reiterou ainda que outra das preocupações da empresa passa por garantir a proximidade  com a população e "intensificar a comunicação com autarquias". "É um dos objectivos claros", sustentou durante a audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, por requerimento do PS no seguimento do anúncio de encerramento de 22 lojas e de queixas da degradação do serviço.

 

O contrato para a prestação do serviço universal termina em 2020. Mas Francisco Lacerda  garante que "o contrato de confiança é para manter. É para continuar.

 

"Os CTT são o concessionário do serviço público postal e têm muita honra nisso. E tudo que fazemos é para cumprir as obrigações que temos. E a proximidade às populações é o que nos diferencia e é o que queremos manter", sustentou.

 

Questionado sobre a intenção dos Correios em manter-se como o concessionário do serviço público quando este contrato terminar, Francisco Lacerda respondeu: "É nossa vontade continuar a ser o prestador do serviço público no futuro".

 

Confrontado com a diminuição dos serviços e em alguns postos, o responsável começou por explicar que "o que mais preocupa as populações é receber as pensões a tempo e horas, pagar a conta da electricidade ou ir buscar uma carta/encomenda. Isto é feito quer nas lojas, quer nos postos. E nas lojas, por vezes, têm restrições mais fortes de horário ou distâncias do que nos postos".

 

Francisco Lacerda, aproveitou ainda para relembrar que "muitos dos postos têm um horário mas extenso e muitos até estão abetos ao sábado de manha", ao contrário das estações de correio. "Temos 2.361 pontos onde as pessoas podem beneficiar do serviço universal. É uma rede muito densa, espalhada por todo o país", reforçou.

 

Confrontado com a  apresentação do presidente da Anacom, Cadete de Matos, quando foi chamado ao Parlamento para falar sobre a situação dos CTT – e na qual sublinhava a degradação dos indicadores do serviço público -, Francisco Lacerda comentou:  " O que eu já afirmei, e o presidente da Anacom afirmou também, foi que os níveis de qualidade eram cumpridos no ano de 2016. Não disse que a qualidade tinha subido".

 

Quanto ao programa de rescisões que os CTT têm em curso, que prevê a saída de 800 pessoas, Francisco Lacerda comentou apenas que "por ano, saem entre 150 a 160 pessoas dos CTT por razoes naturais", como através de reformas. E  "destes 800, metade são saídas naturais".

 

Ao longo da sua intervenção, o presidente dos CTT referiu por várias vezes que a empresa "não está a fazer despedimentos", justificando que se trata de um programa de rescisões amigáveis. E aproveitou para confessar que "se sente um incómodo dentro dos CTT", entre os trabalhadores, porque "não se revêem no que sai nos jornais e nos media".

 

"Há alturas em que é preciso reduzir o número de pessoas numa organização para garantir que continue a funcionar bem. Estamos num processo desses. Temos muitas pessoas que quiseram aceitar, e outras não", referiu.

 

Questionado sobre se vai haver mais encerramentos de estações, disse apenas que não ía "dar resposta directa porque não há resposta directa para dar. Em cada momento analisamos e decidimos".

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