A Fisipe está «em gestão controlada», diz João Dotti à «Exame». «Vamos todos os meses ter com os três bancos que nos apoiam», acrescenta. Sobre a possibilidade de OPA, Dotti está a aguardar a decisão do tribunal.

Recorde-se que os quadros da Fisipe passaram a controlar a empresa depois de, em 2005, terem adquirido a Negofor, que detém a participação de 86,04% do capital da Fisipe, à CUF, do grupo José de Mello.

A CMVM deliberou depois a obrigação do lançamento de uma oferta pública de aquisição sobre a empresa, tendo João Dotti, João Castro Pereira, José Miguel Contreiras e Negofor recorreram a uma providência cautelar com a intenção de anular a decisão da CMVM, que obrigava à divulgação imediata de anúncio preliminar de lançamento de OPA obrigatória sobre a totalidade das acções representativas do capital social da Fisipe.

João Dotti diz à «Exame» que não reconhece razão à CMVM, acrescentando que além disso «não há dinheiro» para comprar o resto do capital.

João Dotti, João Castro Pereira, José Miguel Contreiras detêm hoje 86% da Fisipe. outros 10% estão nas mãos do minoritário Celestino Vieira de Freitas, estando o remanescente de cerca de 3% ainda disperso em Bolsa.