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Fernando Santos: "Arrisquei tudo sem pensar no prolongamento"
O seleccionador contou como liderou Portugal até à vitória no Euro 2016. Quando Eder marcou o golo da vitória, só desejava que o jogo terminasse rapidamente. Sobre ter Cristiano Ronaldo como adjunto, disse que foi um "momento lindo".
Treinador há três décadas, Fernando Santos foi à universidade dar uma aula sobre liderança. Mas quais os segredos para levar a selecção portuguesa à vitória no Euro 2016? O seleccionador recuou até à noite de 10 de Julho em Saint Denis para contar pormenores da final que sagrou Portugal como campeão europeu.
"Eu arrisquei tudo para ganhar o jogo. Aos 75 minutos, sem pensar no prolongamento, coloco o Eder em campo [última substituição]. Tive que dar um sinal inequívoco à minha equipa: 'nós estamos aqui para ganhar'. Em condições normais, num jogo destes, espera-se pelo prolongamento, para ter algum jogador fresco", disse esta quarta-feira na Nova SBE num evento dos Antigos Alunos de MBA da Nova (AAAMBA).
O seleccionador confessou a sua reacção ao golo de Eder aos 109 minutos do prolongamento. "A primeira coisa que me veio à cabeça foi 'já está'. A partir daí é tudo muito emocionante, eu queria mesmo que o jogo acabasse, por minha vontade entrava dentro do campo, apitava e dizia assim: 'Acabou, Portugal ganhou, vamos todos para casa'. Como não podia tive que estar ali a sofrer com a ajuda do meu amigo Cristiano. Foi um momento lindo", revelou o seleccionador referindo-se aos minutos finais em que Cristiano Ronaldo se tornou no seu adjunto.
"Quando o Raphaël [Guerreiro] se lesiona, eu estou em pânico a gritar para dentro do campo a dizer para o Nani ir para defesa esquerdo. De repente só vejo o Cristiano do lado de lá do banco da França a dizer ao Raphaël para ir para a frente e o Nani para ir para trás. Foi fantástico, foi uma união bonita", contou o seleccionador das quinas.