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Famílias Moreira da Silva e Silva Domingues compram grupo industrial italiano de vidro

Novo investimento, cujo valor não foi revelado, é descrito como "estratégico". As famílias Moreira da Silva e Silva Domingues repartem o controlo da BA Glass e também do grupo Cerealis, que detém as marcas Nacional e Milaneza.

Carlos Moreira da Silva é o fundador e diretor da Teak Capital. Miguel Baltazar
27 de Outubro de 2023 às 15:21
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A Teak Capital, "holding" que agrega os investimentos da família Moreira da Silva, e a Tangor Capital, "family office" da família Silva Domingues, adquiriram  o Vetrerie Riunite Group (VR Group), um grupo industrial italiano descrito como líder mundial no fabrico de portas de vidro para máquinas de lavar e de secar.

O anúncio foi feito, esta sexta-feira, em comunicado, sem que tenha sido revelado o valor da aquisição que aguarda "luz verde" das autoridades regulatórias.

Fundado em 1968, o VR Group, com sede em Colognola ai Colli, em Verona, dispõe de um complexo industrial de 140 mil metros quadrados, produz 43 milhões de peças por ano e serve 42 países, contando com mais de 3.000 clientes em todo o mundo, incluindo grandes marcas de eletrodomésticos.

O VR Group é composto pela Vetrerie Riunite, que trabalha a área do vidro (e que além de portas de vidro para máquinas de lavar também produz produros para a casa, como liquidificadores e tabuleiros para uso no forno) e pela Borromini, especializada na concepção e produção de moldes para vidro prensado e para injeção de plástico, especialmente para o setor de iluminação automóvel.

Do grupo faz ainda parte a Novaref, divisão que desenvolve refratários para os setores da cerâmica e construção, que fica de fora do perímetro da transação.

"Alinhados com a gestão do VR Group, estamos empenhados em reforçar a expansão do negócio, o que inclui que nos foquemos na melhoria contínua das operações italianas e alargar a nossa presença na China que acreditamos ser cruciais para proteger e fortalecer a posição do VR Group como líder de mercado global", diz o fundador e diretor da Teak Capital, Carlos Moreira da Silva, desccrevendo o investimento como "estratégico".

"A nossa ambição é contribuir para uma maior criação de valor no desenvolvimento do grupo. Acreditamos que a nossa vocação industrial faz de nós  investidores adequados para abraçar esse desafio", reforça.

Elevar o grupo a "novos patamares de sucesso" é, aliás, um dos objetivos a atingir com a aquisição, diz a diretora-geral da Tangor Capital, Rita Domingues: "Estamos confiantes que a nossa experiência e recursos irão contribuir significativamente para o desenvolvimento do VR Group, posicionando-nos como os parceiros ideais para enfrentar os desafios e oportunidades que tem pela frente. Juntamente com a equipa de gestão, queremos impulsionar o VR Group para novos patamares de sucesso".

O acordo para a venda foi fechado com a Sun European Partners que entrou no capital do VR Group em 2019. "Esta venda bem-sucedida não só figura como um marco significativo para o VR Group e para os nossos investidores, mas também demonstra a nossa confiança na contínua prosperidade do VR Group sob o chapéu dos novos investidores", afirmou, por seu turno, o diretor-geral, Paul Daccus, citado na mesma nota de imprensa, enviada às redações.

A Sun European foi assessorada no negócio pela Rothschild, EY, Giliberti Triscornia e Associati, e Weil, Gotshal & Manges LLP, enquanto a Teak e Tangor pela  EY e pela Morais Leitão & Associados.

As famílias Moreira da Silva e Silva Domingues repartem o controlo da BA Glass e também o grupo Cerealis, que detém as marcas Nacional e Milaneza, que adquiriram mais recentemente, em 2021.
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