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Exportações de cortiça sobem 3% até junho e atingem recorde de 670 milhões

Esta evolução é ainda mais significativa tendo em conta que as quantidades exportadas, neste período, desceram 15%.

A Corticeira Amorim, que tem sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, é o maior grupo de transformação de cortiça do mundo.
Jorge Miguel Gonçalves
14 de Agosto de 2023 às 09:39
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As exportações portuguesas de cortiça totalizaram um recorde de 670,4 milhões de euros no primeiro semestre, mais 3,2% do que na primeira metade de 2022, indicou esta segunda-feira a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).

"As exportações portuguesas de cortiça alcançaram um marco histórico no primeiro semestre de 2023, com um total de 670,435 milhões de euros (+3,2%)", apontou, em comunicado, a associação.

Para a APCOR esta evolução é ainda mais significativa tendo em conta que as quantidades exportadas, neste período, desceram 15%, o que revela que o crescimento resulta do valor acrescentado dos produtos.

"O setor conseguiu, num momento difícil em termos de procura, crescer em valor resultado de uma combinação de fatores, desde logo por via de um 'mix' de produtos de maior valor acrescentado, mas também de todo o trabalho que o setor tem feito em prol do incremento da performance técnica dos seus produtos e da promoção internacional da cortiça", afirmou, citado na mesma nota, o secretário-geral da associação, João Rui Ferreira.

No entanto, este responsável ressalvou que se tem verificado uma tendência de abrandamento do crescimento ao longo do ano.

Para o segundo semestre, tendo em conta os dados da conjuntura internacional, a associação não prevê "uma alteração deste abrandamento".

A APCOR, fundada em 1956, representa cerca de 250 empresas, que são responsáveis por 80% do volume total de negócios do setor e por 85% das exportações portuguesas de cortiça.
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