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Ex-presidente da petrolífera Yukos em greve de fome

Mikhail Khodorkovsky, antigo presidente da petrolífera Yukos, anunciou na passada terça-feira, através do seu «site» www.mbktrial.com, que iniciou uma greve de fome em protesto ao encarceramento numa solitária do seu ex-sócio Platon Lebedev.

25 de Agosto de 2005 às 08:29
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Mikhail Khodorkovsky, antigo presidente da petrolífera Yukos, anunciou na passada terça-feira, através do seu «site» www.mbktrial.com, que iniciou uma greve de fome em protesto ao encarceramento numa solitária do seu ex-sócio Platon Lebedev.

A punição veio depois do ex-presidente do Banco Menatep (o maior accionista da Yukos) ter-se recusado a fazer os exercícios diários. Ambos aguardam, numa casa de detenção, a resposta ao apelo à condenação de nove anos de prisão a serem cumpridos num campo de trabalho na Sibéria.

A administração dos serviços penitenciários, entretanto, negou ontem a greve de fome, afirmando não ter nenhuma informação sobre a mesma. A mesma fonte, citada pela MosNews, disse que o preso recebe mensalmente 817 euros em alimentos.

A saúde de Lebedev, segundo a sua advogada, tem vindo a deteriorar-se. Preso desde Julho de 2003, foi, com Mikhail Khodorkovsky, considerado culpado de crimes de fraude e evasão fiscal.

Para o ex-presidente da Yukos, numa declaração lida pelo seu advogado na televisão NTV, o castigo infligido ao seu ex-sócio é uma resposta aos seus artigos e entrevistas veiculados em jornais e no seu «site».

No início de Agosto, Khodor- kovsky fez publicar no «Vedomosti» um texto em que defende a criação de uma frente, a ser constituída pela esquerda liberal e os sociais-democratas para as eleições presidenciais de 2008, como única alternativa ao actual «ultra-autoritário regime».

Durante os 19 meses de reclusão, Khodorkovsky, que já foi considerado o mais rico da Rússia, tem permanecido activo politicamente. E, também na última terça-feira, o seu advogado aproveitou para informar que o seu cliente «está a considerar a hipótese de vir a candidatar-se ao parlamento em Dezembro». O magnata russo poderá vir a concorrer ao lugar deixado vago pelo representante de um distrito a sudoeste de Moscovo.

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