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Eurest avança com despedimento colectivo de mais 50 trabalhadores
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte denunciou esta segunda-feira o início de um novo processo de despedimento colectivo de 50 trabalhadores na Eurest, adiantando que será o terceiro em 14 meses.
O dirigente sindical Francisco Figueiredo disse à Lusa que "prossegue amanhã [terça-feira] a fase de informação e negociação do novo processo de despedimento colectivo na Eurest", empresa de fornecimento de serviços de alimentação e gestão de refeitórios.
"Não há motivo para proceder a este despedimento, como aliás não havia em relação aos anteriores", defendeu à Lusa Francisco Figueiredo, dando conta que a empresa despediu cerca de 140 trabalhadores em duas fases, em Fevereiro e Setembro de 2012.
A Lusa tentou obter comentários da Eurest Portugal, na sede em Lisboa, mas não foi possível por estar fora do seu horário de funcionamento, mas, em Outubro passado, a empresa justificou o despedimento de 80 colaboradores com a redução da actividade causada pela crise económica.
Em comunicado então enviado à agência Lusa, a Eurest Portugal diz que "perante os desafios colocados pela actual conjuntura económica, financeira e social (...) a empresa reviu a sua estratégia de negócio, tendo optado por concentrar em negócios a sustentabilidade visível ao nível económico e financeiro".
Francisco Figueiredo criticou ainda que a empresa esteja a despedir com base numa avaliação de desempenho, considerando que "é ilegal", porque o despedimento está ser feito "sem processo disciplinar e sem justa causa".
"Muitos destes trabalhadores não foram avaliados, não tiveram direito ao contraditório. Mas, mesmo que fossem, nunca poderiam ser despedidos na base de uma avaliação e desempenho".