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Estado viabiliza Aerosoles

O Governo vai anunciar, em breve, a viabilização do grupo Investvar, mais conhecido pela marca Aerosoles. A salvação da maior fabricante portuguesa de calçado, soube o Negócios, deverá ser realizada através do Fundo de Recuperação, onde participam os mesmos bancos credores da Investvar, a ECS Capital (de António de Sousa) e a Direcção-Geral do Tesouro.

09 de Dezembro de 2009 às 12:47
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O Governo vai anunciar, em breve, a viabilização do grupo Investvar, mais conhecido pela marca Aerosoles. A salvação da maior fabricante portuguesa de calçado, soube o Negócios, deverá ser realizada através do Fundo de Recuperação, onde participam os mesmos bancos credores da Investvar, a ECS Capital (de António de Sousa) e a Direcção-Geral do Tesouro.

Acabou o suspense: no final da reunião com os dirigentes do Sindicato do Calçado de Aveiro e Coimbra, mesmo a tempo dos jornais televisivos, o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina, vai anunciar a solução que viabiliza o grupo Investvar, que ainda usa a marca Aerosoles.

De acordo com o que o Negócios apurou, e tal como já tínhamos revelado a 2 de Novembro passado, a salvação da maior fabricante portuguesa de calçado deverá ser efectuada através da entrada no capital do Fundo de Recuperação, que integra os mesmos bancos credores da Investvar (BES, BCP, CGD, BPI e Santander), a “private equity” ECS Capital, liderada por António de Sousa, e a Direcção-Geral de Tesouro.

O Fundo de Recuperação, que foi criado em Setembro passado e com um dotação de 395 milhões de euros, visa intervir em empresas dom dificuldades mas que sejam económica e financeiramente viáveis.

Neste momento, o grupo Investvar é controlado pelas capitais de risco estatais InovCapital (28,95%) e AICEP Capital (19,51%) e a privada Change Partners (9,21%).

O grupo Investvar tem as suas três fábricas em Portugal paralisadas, onde emprega cerca de 650 pessoas, que não receberam o salário de Novembro. Possui ainda uma unidade fabril na Índia e 115 lojas espalhadas pela Europa.

O presidente do grupo, Pedro Ribeiro da Cunha, demitiu-se no dia 30 de Novembro por considerar que “não estava a fazer nada”, realçando que esperou 45 dias por uma decisão do ministério da Economia sobre o seu plano de reestruturação da Investvar, que passava pela conversão de 75 por cento da dívida bancária (no valor de 40 milhões de euros) em capital do grupo, que seria dividida em duas empresas autónomas, com vocação industrial e comercial, respectivamente.

Nota final: Em Fevereiro próximo chega ao fim uma relação de mais de 22 anos com os norte-americanos da Aerogroup, grupo detentor da marca Aerosoles, que a Investvar produz e comercializa na Europa, Médio Oriente e África e que vai substituir pela MoveOn.

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