A Enron e a Petroleos da Venezuela (PDVSA) «são potenciais fornecedores de gás natural da Galpenergia, “holding” da Petrogal e Gás de Portugal (GDP), revelou ao Canal de Negócios, Henrique Bandeira Vieira, presidente da companhia.

A Galpenergia tem «importado gás natural liquefeito de duas origens: Nigéria e Argélia. O contrato com a Nigéria manter-se-á até Outubro de 2003, altura em que a refinaria de Sines, como estará a trabalhar a 100%, terá necessidade em aumentar o consumo importado de gás natural», adiantou a mesma Bandeira Vieira, sublinhando as vantagens da diversificação de fontes.

A Venezuela encontra-se entre os potenciais candidatos de fornecimento de gás natural, mas não é de excluir a «Noruega, Angola, Egipto e Qatar».

A Petroleos da Venezuela, empresa estatal venezuelana, irá assinar a 30 de Junho, um acordo com a sua rival Enron, para a construção de duas fábricas de gás natural, cujo investimento deverá rondar os 579,62 milhões de euros (116,2 milhões de contos). Estas fábricas, serão construídas nos estados Sucre e Anzoategui, com vista à ampliação das exportações para Estados Unidos, Espanha e Portugal.

O governo venezuelano irá iniciar a privatização do sector de gás natural em Dezembro próximo.

Questionado sobre o possível interesse nesta privatização, Bandeira Vieira, afirmou que «a Galpenergia não está interessada em ser accionista minoritária noutras empresas. Além disso, isto implicaria investimentos elevadíssimos, que não estamos dispostos a suportar».