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Empresa em incumprimento com o BCP reduz posição na Pharol a metade
A High Bridge Unipessoal passou a deter menos de 5% do capital da Pharol, abaixo dos anteriores quase 10%.
A High Bridge Unipessoal, que detinha uma posição de 9,99% na Pharol e estava numa situação de incumprimento com o BCP, já reduziu a posição na empresa liderada por Luís Palha da Silva.
Num comunicado emitido à CMVM pelo BCP, uma vez que é o banco que tem os direitos de voto correspondentes à posição da High Bridge, é revelado que esta empresa reduziu a participação qualificada na Pharol para 4,88% do capital.
O banco liderado por Miguel Maya anunciou a 12 de agosto que tinha passado a deter 9,99% dos direitos de voto da Pharol, sendo explicado que em causa está a "imputação de direito de voto inerentes que resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações (as quais continuam a ser detidas pelo respetivo titular) e que presentemente permitem ao Banco Comercial Português vir a apropriar-se das ações ou exercer os respetivos direitos de voto."
Se o BCP exercer o penhor, o objetivo do banco passa por alienar os títulos. A posição de cerca de 5% que foi vendida pela High Bridge, tendo em conta a cotação desta quinta-feira, tem um valor de mercado de 5,1 milhões de euros. O valor do encaixe não foi revelado.
High Bridge, que tem sido associada ao empresário brasileiro Nelson Tanure – ainda que a informação nunca tenha sido confirmada - aumentou a sua posição no capital da Pharol numa altura em que o empresário estava numa guerra contra a administração da Oi, detida em parte pela Pharol. Nelson Tanure é também acionista da Oi e foi um dos opositores ao plano de recuperação da operadora brasileira, sendo um dos aliados da Pharol durante o processo.