Notícia
EMEF recruta 85 para modernizar Alfa Pendular e manter Metro
A revisão das carruagens do Metro do Porto também está entre as encomendas de quase 30 milhões de euros ganhas pela empresa de manutenção ferroviária, que procura "profissionais especializados".
A Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) vai reforçar o seu quadro de colaboradores para fazer face à remodelação dos comboios Alfa Pendular e à revisão de veículos da Metro do Porto.
De acordo com um comunicado, a empresa pretende contratar 85 trabalhadores para as oficinas em Guifões (Matosinhos) e Entroncamento e está a recrutar ao longo deste mês de Abril. Entre as ofertas de emprego estão as de operários electromecânicos, serralheiros mecânicos, soldadores, além de outros "profissionais especializados".
Os dois novos projectos - remodelação profunda dos Alfa Pendular da CP e revisão geral de 35 veículos Eurotram da Metro do Porto – vão arrancar este ano e, segundo a empresa, justificam a contratação de mais mão de obra.
A renovação das 10 composições da frota de Alfa Pendular, uma encomenda da CP, representa um investimento na ordem de 18 milhões de euros para melhorar o conforto e a segurança dos passageiros, com novos bancos e sistemas de iluminação e a remodelação do bar e dos WC. Cada composição deverá ser intervencionada ao longo de três meses.
A revisão dos metros do Porto em Guifões, num contrato de 10,6 milhões de euros, decorre no âmbito da manutenção programada para os 960 mil quilómetros e deverá decorrer ao longo de três anos, podendo vir a abranger mais cinco veículos.
Em 2014 a EMEF, que desde o início do projecto do Metro do Porto fazia a manutenção da sua frota, viu o contrato chegar ao fim. A EMEF apresentou-se a concurso e ganhou, assinando novo contrato a 10 de Fevereiro passado.
Com 23 anos de existência, a EMEF atravessa desde os últimos três um "processo de reestruturação global", segundo a empresa, para "garantir a sua sustentabilidade financeira". O anterior Governo chegou a lançar o processo de privatização da 2015, mas acabou por recuar nesta intenção face a incertezas provocadas pela queixa apresentada em Bruxelas pela Bombardier, contra alegadas ajudas de Estado.