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Em 2023 foram criadas mais empresas, mas ritmo de crescimento abrandou

Em 2023 registou-se um saldo positivo no número de empresas, do pessoal ao serviço e do volume de negócios, mas apesar do crescimento o número de nascimentos de sociedades ainda se encontra abaixo do valor registado no período pré-pandemia.

Em 2022, as empresas diminuíram o atraso nos pagamentos para 22 dias.
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A cada ano nascem novas empresas em Portugal, mas o ritmo de crescimento abrandou em 2023. Depois do "pulo" de 24,1% em 2022, o número de nascimentos aumentou 6,3% em 2023 ano em que entraram  em funcionamento de 246.741 companhias, revelam dados publicados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, em sentido inverso, as estimativas apontam para 175.457 mortes, refletindo uma subida de 0,1%, o que resulta num saldo positivo, em termos líquidos, no número de empresas, assim como no pessoal ao serviço e no volume de negócios. Em 2023 as novas empresas empregaram 288-912 pessoas e geraram 4.691 milhões de euros de volume de negócios, refletindo um crescimento de 8,8% e 2,3%, respetivamente, face ao ano anterior. 

Olhando à dimensão, em 2023 os nascimentos de empresas individuais aumentaram 6% para 200.355 - representando 81% do total -, enquanto os de sociedades registou uma subida de 7,4%, verificando-se assim um abrandamento em ambos os casos face aos crescimentos de 28,1% e de 9,3% em 2022, respetivamente. Além disso - como destaca o INE - o número de nascimentos de sociedades ainda se encontra abaixo do valor registado no período pré-pandemia (-0,4% comparativamente a 2019). 

A proporção de empresas sobreviventes um ano após o nascimento fixou-se em 73,6% (-1,9 pontos percentuais face a 2022) e as sobreviventes três anos após o nascimento corresponderam a 48,9% (+0,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior), de acordo com o INE que aponta que "a taxa de sobrevivência das sociedades continuou a ser muito superior à das empresas individuais, sobretudo quando se considera a sobrevivência a 3 e a 4 anos após o nascimento".

Das 512.751 sociedades não financeiras que em 2023 estavam em atividade, 45.797 tinham iniciado atividade nesse ano (+7,6% face ao ano anterior) correspondendo a uma taxa de natalidade de 8,9% (+0,2 pontos percentuais face a 2022). Em sentido inverso, estima-se que o número de mortes de sociedades não financeiras tenha sido 15.721, menos 37,4% face ao verificado em 2022, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 3,1% (-2 pontos percentuais face ao ano anterior).

À luz dos mesmos dados, em 2023, existiam 6.949 sociedades de elevado crescimento, mais 23,3% que no ano anterior, representando 12,5% do total das sociedades não financeiras com 10 ou mais pessoas remuneradas, 19,3% do pessoal ao serviço, 14,5% do volume de negócios e 18,4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB).


O número de sociedades não financeiras jovens de elevado crescimento, designadas gazelas, aumentou 8,3% em 2023 (10,8% em 2022), totalizando 665 sociedades. O conjunto das gazelas foi responsável por um VAB de 1.309 milhões de euros, mais 177 milhões de euros, correspondendo a 1,2% do total das sociedades não financeiras com 10 ou mais pessoas remuneradas, um valor idêntico ao do ano anterior, refere o INE.

Por áreas, considerando a atividade principal das empresas, em 2023, os setores dos outros serviços (que incluem, por exemplo, atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares, administrativas, de saúde humana e apoio social ou artísticas), a construção e atividades imobiliárias e o comércio, alojamento e e restauração concentraram o maior número de nascimentos de empresas. Dados os aumentos, o INE destaca em concreto os transportes e armazenagem (+53,4%), a informação e comunicação (+11,8%) e o alojamento e restauração (+11,3%). Já a indústria e energia registou um decréscimo no número de nascimento de empresas (-11% no mesmo período).


No que se refere às mortes de empresas, estima-se que os outros serviços, o comércio e a agricultura e pescas registaram o maior número de situações (57,8%, 10,5% e 8%). O setor dos transportes e armazenagem evidenciou um maior crescimento no número de mortes entre 2022 e 2023 (+17,8%), seguido da área da informação e comunicação (+11,8%), de acordo com os dados relativos à demorafia das empresas.

Norte concentra quase um terço dos nascimentos

Em 2023, considerando a sede das empresas, o Norte foi a região com a maior concentração de nascimentos (31%), seguindo da Grande Lisboa (27,1%). A Região Autónoma dos Açores e a Região Autónoma da Madeira apresentaram o menor número de nascimentos (1,8% e 2,2%). Também foram estas regiões do país que - segundo o INE - evidenciaram os maiores e menores números de mortes estimadas.


Considerando a taxa de variação nos nascimentos de empresas entre 2022 e 2023, todos as regiões apresentaram crescimentos, com destaque para o Algarve que registou o maior crescimento neste indicador
(+10%). No que se refere às mortes estimadas de empresas, a Grande Lisboa, a Península de Setúbal e o Alentejo registaram descidas neste indicador (-6,2%, -4,6% e -0,5%).

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