Notícia
EDP e Galp interessadas em activos da Gas Natural
O pacote de activos que a Gas Natural (GN) vai afinal ter de vender, no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Uníon Fenosa, é bastante mais apetecível do que era esperado no mercado. A CNC, entidade espanhola da concorrência, endureceu ontem as condições da operação e alargou o leque dos desinvestimentos que a GN vai ter de fazer para se fundir com a UF.
13 de Fevereiro de 2009 às 00:01
O pacote de activos que a Gas Natural (GN) vai afinal ter de vender, no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Uníon Fenosa, é bastante mais apetecível do que era esperado no mercado. A CNC, entidade espanhola da concorrência, endureceu ontem as condições da operação e alargou o leque dos desinvestimentos que a GN vai ter de fazer para se fundir com a UF.
Quem sai a ganhar são os potenciais compradores. Na corrida , segundo apurou o Negócios, perfilam-se já as portuguesas EDP - Energias de Portugal e Galp Energia, ambas com fortes interesses no mercado espanhol de gás natural. A seu favor pesa o facto de as autoridades espanholas não quererem que as vendas sejam feitas a empresas locais de grande dimensão, como por exemplo a Iberdrola e a Endesa.
"A Galp está constantemente atenta às novas oportunidades de negócio que vão surgindo no mercado, com o objectivo de traçar diversos cenários para o desenvolvimento da sua estratégia de longo prazo", disse fonte oficial ao Negócios, sem concretizar os activos que estão na mira da petrolífera.
Já em Agosto do ano passado, o CEO da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, tinha dito que ia estudar com a ENI a possibilidade de avançar para a compra destes activos. A italiana, accionista de referência da Galp com 33,3%, tem 50% da Fenosa Gas e uma opção de compra sobre o restante capital, no caso de a Fenosa decidir vender. A CNC determinou ontem que terão de ser tomadas medidas para manter a autonomia desta "joint-venture", no abastecimento de gás a terceiros em Espanha, sem dizer como. Também a EDP está a posicionar-se para lutar por estes activos. Fonte oficial da eléctrica esclareceu que "ainda é prematuro assumir qualquer posição sobre este processo". Mas fontes próximas dos accionistas da EDP dizem que há negociações perspectivadas. Já a Gas Natural, em Barcelona, confirmou que "tem havido várias empresas a mostrar interesse em comprar os activos a desinvestir".
O conselho da CNC aprovou ontem a fusão com remédios (ver caixa) que resultaram da proposta da GN, com data de 10 de Fevereiro. A empresa decidiu ceder activos na distribuição grossista, mercado de retalho, produção de electricidade e participações financeiras. "Fora do pacote fica a área do aprovisionamento de gás, que teria, com certeza, bastante interesse para as portuguesas, dadas as vantajosas condições dos contratos", explica fonte envolvida na operação.
Em Julho de 2008, a GN acordou com a construtora ACS a compra de 43% na UF. Um mês depois, ficou com 9,99% dos direitos de voto. Com "luz verde" da CNC pode comprar os outros 35,3%, tendo de lançar uma OPA a 18,05 euros por acção sobre todo capital quando passar 30% .
Quem sai a ganhar são os potenciais compradores. Na corrida , segundo apurou o Negócios, perfilam-se já as portuguesas EDP - Energias de Portugal e Galp Energia, ambas com fortes interesses no mercado espanhol de gás natural. A seu favor pesa o facto de as autoridades espanholas não quererem que as vendas sejam feitas a empresas locais de grande dimensão, como por exemplo a Iberdrola e a Endesa.
Já em Agosto do ano passado, o CEO da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, tinha dito que ia estudar com a ENI a possibilidade de avançar para a compra destes activos. A italiana, accionista de referência da Galp com 33,3%, tem 50% da Fenosa Gas e uma opção de compra sobre o restante capital, no caso de a Fenosa decidir vender. A CNC determinou ontem que terão de ser tomadas medidas para manter a autonomia desta "joint-venture", no abastecimento de gás a terceiros em Espanha, sem dizer como. Também a EDP está a posicionar-se para lutar por estes activos. Fonte oficial da eléctrica esclareceu que "ainda é prematuro assumir qualquer posição sobre este processo". Mas fontes próximas dos accionistas da EDP dizem que há negociações perspectivadas. Já a Gas Natural, em Barcelona, confirmou que "tem havido várias empresas a mostrar interesse em comprar os activos a desinvestir".
O conselho da CNC aprovou ontem a fusão com remédios (ver caixa) que resultaram da proposta da GN, com data de 10 de Fevereiro. A empresa decidiu ceder activos na distribuição grossista, mercado de retalho, produção de electricidade e participações financeiras. "Fora do pacote fica a área do aprovisionamento de gás, que teria, com certeza, bastante interesse para as portuguesas, dadas as vantajosas condições dos contratos", explica fonte envolvida na operação.
Em Julho de 2008, a GN acordou com a construtora ACS a compra de 43% na UF. Um mês depois, ficou com 9,99% dos direitos de voto. Com "luz verde" da CNC pode comprar os outros 35,3%, tendo de lançar uma OPA a 18,05 euros por acção sobre todo capital quando passar 30% .