A Energias de Portugal (EDP) considera que o conjunto de medidas para o sector energético apresentado hoje pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, tem "um efeito neutral sobre a empresa", e que o pacote de medidas "é compatível com os critérios de rentabilidade da empresa".

"No pressuposto da utilização das metodologias de avaliação e das taxas de desconto apropriadas, a EDP antecipa que a conjugação das duas medidas tenha um efeito neutral sobre a empresa, para além de permitir efectivar o exercício da opção conferida pelo DL240/2004, de 27 de Dezembro, de manter a utilização das centrais hídricas até ao final da respectiva vida útil", de acordo com um comunicado emitido hoje pela eléctrica.

O ministro da economia anunciou hoje um conjunto de medidas para o sector energético que vai permitir reduzir e estabilizar as tarifas de electricidade, a diminuição do défice tarifário com efeito a 10 anos e avançar com a construção do mercado ibérico.

Uma das alterações é extinção dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e um novo cálculo dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual dos CAE (CMECs), cuja compensação às empresas diminui passando de 36 euros por megawatt por hora para os 50 euros por megawatts por hora.

Ainda assim a EDP estima que as compensações a receber deverão ascender a 800 milhões de euros.

As acções da EDP [edp] subiam 2,96% para os 4,18 euros, atingindo o valor mais elevado desde Janeiro de 1999.