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EDP afasta Villar Mir da presidência da Hidrocantábrico

A EDP e a Cajastur não querem ver Juan Miguel Villar Mir na presidência da Hidroeléctrica del Cantábrico, depois da «dureza» demonstrada pelo líder da Ferroatlántica nas negociações para a gestão da empresa, noticiou o «Diário de Notícias».

15 de Maio de 2001 às 10:11
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A EDP e a Cajastur não querem ver Juan Miguel Villar Mir na presidência da Hidroeléctrica del Cantábrico, depois da «dureza» demonstrada pelo líder da Ferroatlántica nas negociações para a gestão da empresa, noticiou o «Diário de Notícias». A Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur, que controlam 35% da Hidroeléctrica del Cantábrico, não querem ver Juan Miguel Villar Mir na presidência desta empresa, depois da «dureza» demonstrada pelo líder da Ferroatlántica nas negociações para a gestão da empresa, noticiou o «Diário de Notícias».

Os próximos órgãos sociais da Hidrocantábrico serão eleitos esta quinta-feira, em assembleia geral (AG) de accionistas, devendo a solução passar por uma administração provisória, tendo em conta a suspensão dos direitos de voto da EDP e da Ferroatlántica, decretada recentemente pelo Governo espanhol.

De acordo com a mesma publicação, os nomes da nova administração terão de passar por soluções consensuais, pelo que Villar Mir não deverá ser apontado para presidente, depois das clivagens com os alemães da EnBW e do endurecimento da sua posição em relação ao consórcio formado pela eléctrica nacional e pela Cajastur.

Um dos nomes que reúne maior favoritismo para assumir a presidência da Hidrocantábrico é Pedro Silva, actual administrador da empresa e antigo líder do Governo regional das Astúrias, afirmou o jornal, citando fontes próximas do processo.

Direitos de voto da Cajastur podem ser suspensos

O Executivo espanhol suspendeu recentemente os direitos de voto da Ferroatlántica na Hidrocantábrico, bem como os da Adygensival, sociedade que reúne a EDP e a Cajastur, pelo facto de tanto a eléctrica nacional como a EnBW, que apoiou a oferta da Ferroatlántica, serem empresas com capitais públicos.

Segundo a lei espanhola, as empresas públicas que detenham participações superiores a 3% no capital de eléctricas do país vizinho só poderão exercer os direitos de voto correspondentes após aprovação do Executivo espanhol, em Conselho de Ministros, uma decisão que deverá ser tomada nos próximos três meses.

A Ferroatlántica adquiriu uma participação de 59,66% da Hidrocantábrico, enquanto a Adygensival assumiu o controle de 19,2% da quarta eléctrica espanhola, através do lançamento de duas ofertas públicas de aquisição (OPA).

A Cajastur já detinha anteriormente cerca de 15% do capital da Hidrocantábrico, uma posição que não foi alvo de suspensão. No entanto, segundo o jornal espanhol «ABC», uma decisão de um tribunal das Astúrias poderá impedir a Cajastur de exercer os seus direitos de voto na AG de quinta-feira.

A Cajastur tem quatro membros no conselho de administração da Hidrocantábrico, sendo que dois deles são os actuais presidente e vice-presidente da instituição bancária asturiana. A acção em tribunal foi interposta por antigos dirigentes da Cajastur, que afirmaram que aqueles responsáveis já excederam o limite legal de oito anos à frente da instituição.

Caso o tribunal impeça o exercício destes direitos de voto, a gestão da Hidrocantábrico poderia entrar num impasse, o que alteraria os planos da eléctrica de concorrer à aquisição da Electra de Viesgo, uma empresa que será alienada nos próximos tempos pela Endesa, a maior companhia do sector no país vizinho.

A EDP abriu hoje a perder 0,66% para os 3,02 (605 escudos).

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