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DST na Graciosa: afinal, o investidor era o outro

A alemã Younicos ficou irada quando leu no Negócios que a DST assumia o grosso do investimento num projecto energético na ilha açoriana da Graciosa. Afinal, o grupo bracarense, que já pediu desculpa pelo erro de comunicação, é apenas o construtor da obra.

23 de Março de 2016 às 18:14
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Na passada quarta-feira, 16 de Março, o Negócios publicou online um texto intitulado "DST investe 24 milhões para dar lugar ao sol à Graciosa", que revela que o grupo bracarense "é responsável pela construção do primeiro sistema mundial de energia híbrida, na ilha Graciosa, no arquipélago dos Açores".

De acordo com o comunicado da DST, este projecto "permitirá à ilha torna-se praticamente independente de fontes de energia não renováveis, eliminando quase por completo o recurso a combustíveis fósseis".

O problema é que, logo no segundo parágrafo, lê-se que "o projecto resulta de um investimento de cerca de 24 milhões de euros, 15 milhões dos quais da responsabilidade do grupo DST".

Alguns dias depois, Rui Barros, gestor da sociedade que está a desenvolver o projecto na Graciosa, telefona para o Negócios a solicitar a rectificação da notícia, alegando que "a DST é apenas o construtor da obra, não investindo um cêntimo".

Rectificando uma outra informação do comunicado da DST, Rui Barros adiantou que já não se tratava de um investimento a solo do grupo alemão Younicos, que vendeu 50,1% do capital da sociedade em causa ao grupo dinamarquês Recharge.

Hoje, 23 de Março, o Negócios recebeu um email do responsável da comunicação da Younicos a confirmar a informação avançada ao telefone por Rui Barros. "Infelizmente, o título [do Negócios] é completamente errado. Os únicos investidores do projecto de 24 milhões de euros são a Recharge e a Younicos, a DST é apenas a empreiteira", escreve Philip Hiersemenzel.

Contactada a DST, a gestora da comunicação do grupo bracarense assume que "houve um lapso na escrita" do comunicado. "Escrevemos ‘investir’ quando, de facto, queríamos escrever ‘construir’", pedindo desculpa pelo erro – quer aos seus clientes quer ao Negócios.

"Na realidade, mesmo tendo cumprido o protocolo instituído, erramos em não enviar 'press' sem validação do cliente", reconhece, via email, o próprio presidente do grupo DST. José Teixeira pediu desculpa pelo sucedido à Younicos e ao Negócios.

 

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