Manuel Dias Loureiro, antigo administrador da Sociedade Lusa de Negócios, dona do BPN, já saiu do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) onde esteve a ser ouvido por causa da investigação ao BPN, apurou o Negócios.

Segundo o semanário “Sol”, o também antigo conselheiro de Estado foi ouvido enquanto arguido e já não como testemunha. Segundo o “Sol”, os investigadores do DCIAP questionaram Dias Loureiro sobre a venda da concessionária marroquina Redal pela SLN aos franceses da Vivendi, assim como o negócio de compra da empresa tecnológica porto-riquenha Biometrics, que terá gerado prejuízos de 38 milhões de dólares ao grupo então liderado por José de Oliveira Costa.

A inquirição a Dias Loureiro começou por ser agendada a pedido do próprio, na sequência da audição de Oliveira Costa na comissão de inquérito à nacionalização do BPN, em Maio último. O antigo presidente da SLN e do banco acusou Dias Loureiro de ter mentido a propósito de versões contraditórias sobre uma conversa que teve com António Marta, antigo vice-governador do Banco de Portugal. Oliveira Costa lançou ainda suspeições sobre o papel do antigo administrador da SLN no negócio de Porto Rico.