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Despesa com inovação nas empresas atingiu os 3,9 mil milhões de euros entre 2020 e 2022

Durante o período pandémico, 44,7% das empresas portuguesas com mais de dez trabalhadores inovaram nos seus produtos e processos, uma ligeira queda face aos dois anos anteriores. Setores da informação e comunicação no pódio de mais inovadores.

Em termos nominais, a massa salarial avançou a um ritmo mais acelerado do que o PIB em 2023.
Istockphoto
Bárbara Cardoso 16 de Abril de 2024 às 12:54

Em Portugal, cerca de metade das empresas com dez ou mais trabalhadores desenvolveu projetos de inovação entre 2020 e 2022, cuja despesa total rondou os 3.882 milhões de euros - mais 41,9% face ao valor registado entre 2018 e 2020.  

Os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística esta terça-feira, 16 de abril, mostram que, durante o período correspondente à pandemia da covid-19, 44,7% das empresas nacionais deram um passo em frente na inovação do negócio, uma queda de 0,3 pontos percentuais (p.p.) face aos dois anos anteriores, mas uma subida em comparação aos 32,4% registados entre 2016 e 2018.  

Ou seja, os negócios nacionais inovaram ligeiramente menos, mas a um custo maior. 

Entre 2020 e 2022, grande parte das inovações integraram o processo do negócio (40,4%, menos 2,3 p.p. de 2020), a par que o investimento na mudança nos bens ou serviços vendidos rondaram os 22,6% - valor que cresceu 0,3 p.p. em comparação com o período anterior.  

O inquérito à inovação empresarial conclui ainda que, no período pandémico, as empresas com mais trabalhadores (250 ou acima) eram as mais inovadoras (79,1%). Já nos negócios com menos pessoas a inovação passou por 43,9% empresas. 

A liderar o pódio de setores mais inovadores estão as áreas da informação e comunicação, com 71,2%, seguido dos serviços financeiros, com 65,6%, e ainda do comércio, com 48,4%. Por oposição, a agricultura e a pesca são os setores menos inovadores, com 36,1%, mostra o relatório.

Das 44,7% empresas inovadoras em 2022, 51,9% delas privilegiaram os benefícios ambientais nos processos e bens e/ou serviços, "sendo que para 49,6% foram inovações com benefícios ambientais obtidos na empresa e para 42,0% foram inovações com benefícios obtidos durante o consumo ou uso dos bens ou serviços pelo utilizador final", explica o INE na nota divulgada. 

No que toca ao investimento total das empresas em inovação, este representa apenas 1% do total do volume de negócios - valor semelhante ao do período anterior -, que resultou da introdução de produtos novos ou melhorados, o equivalente a 15,2% da faturação e um investimento de 58,4 mil milhões de euros. Além disso, também novos bens ou serviços para a empresa e para o mercado pesaram 10,8% e 4,4%, respetivamente. 
 

Em 2022, a despesa com inovação por pessoa ao serviço atingiu 2.440 euros, mais 621 euros face a 2020. O INE diz que este aumento está em paralelo com o acréscimo de investimento em atividades inovadoras nas empresas.


Notícia editada por Inês Santinhos Gonçalves

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