Notícia
Dependência de Portugal ao gás argelino passa para 50% em 2005
O novo gasoduto de gás natural entre o terminal do Porto de Sines e Setúbal vai reduzir a dependência do país, neste tipo de fonte energética, em relação à Argélia para 50% em 2005.
O novo gasoduto de gás natural entre o terminal do Porto de Sines e Setúbal vai reduzir a dependência do país, neste tipo de fonte energética, em relação à Argélia para 50% em 2005.
O objectivo desta nova infra-estrutura, em fase final de conclusão, é representar 50% do consumo energético nacional em gás natural em 2005.
Segundo António Mexia, presidente executivo (CEO) da Galp Energia, os primeiros contratos já assinados pela empresa para «alimentar» o terminal de gás liquefeito de Sines são originários da Nigéria.
Sublinhando a «grande relevância estratégica da diversificação possibilitada por este investimento», António Mexia acrescentou que a empresa se encontra actualmente a estudar a hipótese de contratar lotes de gás natural em mercados como os de Trinidad e Tobago, Angola, Egipto e Noruega.
Outra das vertentes de negociação que a Galp Energia irá explorar de forma consistente é o mercado «spot».
O mercado nacional consumiu no ano passado três mil milhões de metros cúbicos (três bcm) de gás natural. No final deste ano, esse valor deverá subir para 3,5 bcm e no final de 2004 é expectável que esse valor atinja 4,2 bcm.
Até ao momento, a totalidade do gás natural consumido em Portugal é originário da Argélia, através do gasoduto do Magrebe.
O terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines e gasoduto Sines/Setúbal insere-se na estrutura de aprovisionamento de gás natural liquefeito ao país e representou um investimento conjunto de 305 milhões de euros.
Deste montante, 250 milhões de euros respeitaram ao terminal de GNL de Sines, enquanto os restantes 55 milhões de euros foram destinados ao investimento no novo gasoduto.
No final de Outubro, iniciar-se-á a fase de testes, com a recepção do primeiro navio metaneiro. António Mexia acredita que em Dezembro arrancará a exploração comercial desta infra-estrutura.
O novo terminal e o gasoduto respectivo irão entrar em velocidade de cruzeiro quando entrar em funcionamento a nova central energética de ciclo combinado da EDP, no Carregado.