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Défice comercial de remédios aumentou 30% para mais de 1,2 mil milhões

O mercado português de medicamentos cresceu 3,9% no ano passado, para aproximadamente 2,5 mil milhões de euros, após seis anos de quedas consecutivas, mas a balança comercial do sector agravou-se quase mais 30% para 1.222 milhões de euros.

Paulo Duarte/Negócios
25 de Agosto de 2016 às 12:58
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Atingido o valor máximo de 3.353 milhões de euros no ano de 2008, o mercado português de medicamentos registou seis anos de quedas consecutivas, tendo fechado 2014 com vendas de 2.398 milhões, num contexto de crise económica e de contracção dos preços determinada pelas políticas de redução da despesa pública.

Uma tendência de baixa que foi invertida em 2015, com as vendas de medicamentos nas farmácias nacionais a fixar-se em 2.491 milhões de euros, mais 3,9% do que no ano anterior, revela um estudo da Informa D&B sobre a indústria farmacêutica, a que o Negócios teve acesso.

Já a balança comercial do sector agravou-se significativamente em 2015, com as exportações a crescerem apenas 2,4%, para 796 milhões de euros, enquanto as importações aumentaram 17,2%, para 2.018 milhões de euros. Resultado: o défice comercial do sector atingiu os 1.222 milhões de euros, "quase mais 30% do que em 2014", realça a Informa D&B.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, em 2014 operavam em Portugal 111 empresas dedicadas à fabricação de especialidades farmacêuticas, mais três do que no ano anterior mas muito abaixo das 131 registadas em 2007.

O estudo da D&B aponta para uma clara concentração de laboratórios no distrito de Lisboa, onde estão sediadas 85% das 40 principais empresas do sector. Apenas cinco destas companhias empregavam, em 2014, mais de 250 trabalhadores, enquanto 26 contavam com um efectivo de entre 50 e 250 pessoas.

Relativamente à nacionalidade accionista das empresas, a D&B enfatiza que "o capital estrangeiro tem uma grande importância no sector, destacando-se o de origem suíça, britânica, espanhola, alemã, italiana, francesa e americana".

Mais de 30 das 40 principais empresas do sector são controladas por accionistas estrangeiros. 

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