Na edição de Setembro da Proteste, a associação de consumidores revela um estudo que realizou a propósito da transição para a TDT e chama a atenção para a falta de informação sobre as novas emissões, realçando que “até hoje, não há campanhas de esclarecimento pela PT, responsável pela plataforma, operadoras de televisão ANACOM ou Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações”, segundo um comunicado.

A passagem para a TDT e fim das emissões analógicas dos quatro canais em sinal aberto está agendado para 26 de Abril de 2012, pois estas “ocupam demasiado espectro radioeléctrico”, mas já em Junho do próximo ano o sinal analógico poderá ser cortado em algumas zonas para se testar o impacto na população.

No entanto, ainda não foram divulgadas informações sobre as zonas afectadas por este corte, como decorrerá e sobre quem tem direito a apoios à compra dos descodificadores necessários para aqueles que não tiverem um serviço de televisão por subscrição ou um televisor compatível com o novo sinal, já que a licença da PT estabelece ajuda às instituições sociais e cidadãos com necessidades especiais.

Os descodificadores são a solução para quem não reúne estas condições, já que “mais de metade dos lares recebe as emissões por antena, e a maioria dos televisores comprados antes de 2009 não têm o sintonizador necessário”. Mas nestes casos, será necessário um descodificador por aparelho, alerta a associação.

Mais de 80% da população portuguesa já esta coberta pelas novas emissões, pois a PT desenvolveu infra-estruturas rapidamente, mas cerca de 84% da população afirma nunca ter ouvido falar da TDT, segundo um inquérito do OberCom em 2008, citado pela associação.

O estudo revela ainda testes aos melhores descodificadores que existem no mercado