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Decisão foi uma suspensão e não um cancelamento definitivo

O presidente da AICEP, Pedro Reis, sublinhou hoje que a decisão da Nissan de suspender a fábrica de baterias em Aveiro para os carros eléctricos não é uma desistência mas sim uma "hibernação" do investimento.

13 de Dezembro de 2011 às 11:04
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"Isto é uma suspensão de um investimento e não um cancelamento", afirmou o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em declarações à agência Lusa.

Segundo referiu, a AICEP tem "acompanhado de perto o dossier e esteve ontem [segunda-feira] reunida com os responsáveis da Nissan que vieram a Portugal".

Na reunião, adiantou Pedro Reis, os responsáveis da empresa japonesa fizeram questão de frisar que se trata de uma suspensão e não de um cancelamento.

"Há necessariamente uma diferença entre uma suspensão e um cancelamento, ou seja, um cancelamento é uma desistência definitiva, uma suspensão é colocar em hibernação essa mesma decisão", sublinhou.

O presidente da AICEP adiantou ainda que a decisão da Nissan não tem a ver com Portugal especificamente, mas sim com as condições da economia mundial.

"A Nissan sublinhou que Portugal é um país competitivo para a localização de projectos industriais e com boas condições para atrair investimento, nomeadamente para o 'cluster' automóvel", afirmou, acrescentando poder concluir que "o dossier está em permanente discussão e avaliação e tem, acima de tudo, a ver com uma decisão estratégica mundial da Nissan".

A suspensão do investimento "afecta naturalmente Portugal mas não tem a ver com Portugal e muito menos afecta a imagem de Portugal em termos de credibilidade para a atracção de investimento estrangeiro", garantiu Pedro Reis.

A Nissan anunciou na segunda-feira que vai suspender a fábrica de baterias em Aveiro para os seus carros eléctricos, um dos últimos investimentos estrangeiros anunciados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Nissan, António Pereira-Joaquim, disse que a administração da aliança Renault-Nissan "decidiu suspender a fábrica de baterias eléctricas em Portugal porque, após análise detalhada do plano de negócios, chegou à conclusão que as quatro fábricas espalhadas por todo o mundo seriam suficientes para os objectivos".

O anterior primeiro-ministro José Sócrates tinha lançado a 11 de Fevereiro a primeira pedra da fábrica de baterias para carros eléctricos da Nissan em Cacia, Aveiro, que representaria um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho.

A decisão de suspensão da fábrica portuguesa, que começaria a laborar no início do próximo ano, não está ligada, segundo o porta-voz da Nissan, ao projecto de Portugal sobre a mobilidade eléctrica, embora, na altura, "o avanço e a aposta do Governo nesta matéria tenha contribuído para a Nissan ter optado por Portugal".
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