O acordo de compra foi anunciado terça-feira, 30 de Outubro, por George Lucas, presidente e fundador da Lucasfilm e que detém a totalidade da empresa. "É altura de passar o Star Wars a uma nova geração de produtores de filmes", afirmou George Lucas, citado pela BBC.

"Nos últimos 35 anos um dos meus maiores prazeres era ver o Star Wars passar de uma geração para outra", acrescentou Lucas, em comunicado, acrescentando: "sempre acreditei que o Star Wars poderia viver além da minha existência e sempre pensei que seria importante garantir a transição enquanto fosse vivo".

A Disney promete, desde já, lançar o episódio 7 do Star Wars em 2015, no qual George Lucas será consultor. Mas não ficará por aqui. Seguir-se-ão os episódios oito e nove e projecta-se já o lançamento de mais filmes em cada dois ou três anos.

Com a compra da Lucasfilm, a Disney garante, ainda, os filmes Indiana Jones. Só em receitas de bilheteira, a saga Star Wars gerou mais de 4,5 mil milhões de dólares, só superada pelos filmes Harry Potter, da Warner Brothers. Os filmes Indiana Jones renderam, em receitas de bilheteira, 1,95 mil milhões de dólares. A Disney quer, agora, expandir o merchadising ligado ao Star Wars, cujos direitos para os brinquedos estão concessionados à Hasbro. Mas a Disney quer ir além dos brinquedos. E quer reforçar a componente internacional.

George Lucas receberá metade do valor da venda em dinheiro e receberá o remanescente em acções da Disney, tornando-se num dos seus maiores accionistas individuais. Aliás, segundo a Bloomberg, Lucas ficará o segundo maior accionista individual, depois do fundo que gere a fortuna do fundador da Apple Steve Jobs, que morreu no ano passado.

Este é mais um episódio na saga que a Disney tem protagonizado na compra de produtoras de conteúdos. Em 2006, a Disney comprou a Pixar por 7,4 mil milhões de dólares e em 2009 "atirou-se" à conquista da Marvel por 4,2 mil milhões de dólares.

A Lucasfilm foi criada em 1971 e o primeiro filme Guerra das Estrelas foi lançado em 1977.