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Cristina de Sousa confirma encontro com Rato para discutir Cantábrico, Ence (act)

O ministro da Economia confirmou hoje que se encontrou ontem com o seu homólogo espanhol Rodrigo Rato para discutir a questão da limitação dos votos que a Electricidade de Portugal (EDP) tem na Hidrocantábrico, bem como a privatização da Ence.

12 de Junho de 2001 às 12:20
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O ministro da Economia confirmou hoje que se encontrou ontem com o seu homólogo espanhol Rodrigo Rato para discutir a questão da limitação dos votos que a Electricidade de Portugal (EDP) tem na Hidrocantábrico, bem como a privatização da Ence.

Mário Cristina de Sousa (na foto) afirmou que trocou «impressões» com o ministro Espanhol, visando o levantamento da suspensão dos direitos de voto da EDP [EDP] no capital da Hidrocantábrico, sublinhando que «de um modo geral», sentiu «abertura» do Executivo de Madrid para resolver a questão.

O titular da pasta da Economia adiantou aos jornalistas que ficou «com a sensação de que (a questão) se resolveria antes de terminado o prazo legal», que expira dentro de dois meses, falando à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação com o Ministério da Agricultura.

O Governo espanhol suspendeu os direitos de voto da Adygensival, que reúne a EDP e a Cajastur, no capital da Hidrocantábrico, devido ao facto da empresa nacional ter capitais públicos. Segundo a lei espanhola, as empresas públicas que controlem participações superiores a 3% em eléctricas espanholas só podem exercer os correspondentes direitos de voto após a aprovação do Executivo de Madrid.

A EDP e a Cajastur asseguraram uma posição de 19,2% do capital da quarta eléctrica espanhola, através do lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA).

Nova reunião agendada

O ministro adiantou ao Negocios.pt que «vamos voltar a conversar» com o Governo espanhol sobre esta matéria, referindo que se irá realizar proximamente uma nova reunião, embora a mesma «ainda não tenha data marcada».

Relativamente à possível aquisição da Electra de Viesgo, na qual a EDP já manifestou interesse, o ministro reiterou que a eléctrica nacional «está interessada em concorrer através da Hidrocantábrico» e considerou que esta questão «não deve colocar uma dificuldade» na resolução do processo.

Cristina de Sousa «gostaria» que empresa nacional ganhasse privatização da Ence

O ministro da Economia português adiantou que «teria muito gosto em ver algum candidato português a vencer» o concurso para a privatização da papeleira espanhola Ence.

O mesmo responsável assegurou que não recebeu qualquer indicação por parte de Rodrigo Rato sobre qual seria a empresa a assegurar a participação de 24,99% na Ence que o Estado espanhol vai alienar a um parceiro estratégico, sublinhando que «essa é uma informação confidencial e não poderia ter acesso a ela».

Na corrida à aquisição daquela posição estão dois grupos nacionais, nomeadamente a Portucel [PTCL] e a Sonae [SON], que concorre juntamente com os espanhóis do Banco Pastor e das associações florestais Floresgal e Sylvanus.

A Sociedad Estatal de Participaciones Industriales (SEPI), entidade que reúne as participações do Estado espanhol em empresas públicas, adiou o prazo, agendado para hoje, do anúncio do vencedor da privatização da Ence, revelou ao Negocios.pt fonte oficial da «holding» estatal espanhola.

Às 12h09, a EDP perdia 0,68% para os 2,93 euros (587 escudos), enquanto a Portucel recuava 2,63% para os 1,11 euros (222 escudos) e a Sonae SGPS deslizava 2,17% para cotar nos 0,90 euros (180 escudos).

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