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Criação de imobiliárias e supermercados já supera níveis pré-pandemia 

Até ao final do terceiro trimestre de 2021, foram criadas em Portugal 30.823 novas empresas. Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pela Informa D&B, os setores do imobiliário e do retalho são os mais dinâmicos, em contraste com os transportes e o alojamento.

João Cortesão
07 de Outubro de 2021 às 13:19
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Desde o início do ano, foram criadas em Portugal 2.169 empresas dedicadas à compra e venda de imobiliário, mais 147 face ao mesmo período de 2019, antes do irromper da pandemia. Segundo os dados revelados esta quinta-feira pela Informa D&B, este é um dos setores que tem revelado mais dinamismo ao nível da criação de empresas. Em termos agregados, o setor das atividades imobiliárias cresceu 2,5% em relação aos primeiros nove meses de 2019. 

"A forma muito desigual como a pandemia e as medidas desenvolvidas para a combater afetaram os diversos setores da economia está a ter reflexos no empreendedorismo, quer ao nível das suas fragilidades, quer ao nível de novas oportunidades de negócio", destaca a análise da Informa D&B. 

No total, entre janeiro e setembro, foram criadas no país 30.823 novas empresas, um número 9,1% superior ao registado no mesmo período de 2020, mas que ainda fica 18,9% aquém dos valores de 2019. 

Além do imobiliário, destacam-se ainda os setores da agricultura (1,1%) e das tecnologias de informação e comunicação (-0,4%) como aqueles que, em termos agregados, já se aproximam dos níveis pré-pandémicos. 

A análise aos subsetores revela ainda que o retalho também está em crescimento. Nos primeiros nove meses de 2021, abriram mais 100 empresas de retalho generalista (supermercados) do que no mesmo período de 2019. Já a subcategoria do retalho que abrange o comércio online indica que abriram mais 151 empresas face ao pré-pandemia. 

Do lado oposto encontram-se os setores dos transportes (-59%), alojamento e restauração (-31%) e serviços gerais (-30%), como aqueles que ainda apresentam uma maior distância na criação de empresas face a 2019.

No setor dos transportes, cuja quebra quebra é explicada pela "grande queda do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros" há, no entanto, um subsetor que está em alta. Em 2021, foram criadas 190 empresas do subsetor da distribuição, que inclui entregas postais e courier, mais 30 do que em 2019.

Já o subsetor dos transportes terrestres "é o que mais contribui para a descida na constituição de novas empresas, com menos 1942 novas empresas do que em 2019", conclui a análise. 

No alojamento e restauração, é ainda de notar que os subsetores da restauração e do alojamento de curta duração contribuíram para uma redução de mais de 800 novas empresas este ano. 

No que toca a encerramentos e insolvências, estas continuam a ter pouca expressão, até abaixo de 2019, graças às medidas de apoio criadas pelo Governo, como as moratórias,

Até 30 de setembro, fecharam 8.663 empresas, menos 5,3% face ao período homólogo. O número de insolvências recuou 14,4%. 

A análise da Informa D&B inclui ainda uma comparação com Espanha, onde a dinâmica no empreendedorismo está a ser "bastante diferente" da portuguesa". "O nosso principal parceiro comercial sofreu em 2020 a maior queda no PIB na União Europeia, mas em 2021 está a responder com o que se espera ser também o maior crescimento europeu neste indicador". A análise revela que o país vizinho regista " crescimentos significativos na criação de novas empresas", 15% acima dos valores de 2019.
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