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Credores comuns perdem 95% de dívida de 78,7 milhões da Lisgráfica

O plano de recuperação da gráfica foi aprovado esta quarta-feira, sendo que apenas os trabalhadores, Segurança Social e Fisco deverão ter direito a recuperar integralmente os seus créditos.

João Cortesão
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O plano de recuperação da Lisgráfica aprovado esta quarta-feira prevê o perdão de 95% dos créditos comuns e um perdão de 100% dos créditos subordinados.

Em notificação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Lisgráfica indica que a Autoridade Tributária e a Segurança Social optaram pelo voto escrito "a acontecer no prazo máximo de 10 dias", mas sublinha que já foi assegurada a maioria necessária para a aprovação do plano de recuperação.

O plano de recuperação da Lisgráfica prevê o pagamento integral dos créditos laborais, dos créditos da Autoridade Tributária e da Segurança Social em 120 prestações mensais, após período de carência - não especificado -, e o perdão de 95% dos créditos comuns e de 100% dos créditos subordinados.

Em fevereiro, o administrador de insolvência revelou ao Negócios que a lista de créditos apresentada pela Lisgráfica apontava que a Segurança Social tinha a haver 2,1 milhões e o Fisco 600 mil euros, com Nuno Nascimento Lemos a ressalvar que estava ainda a decorrer o período para a reclamação de créditos, pelo que a lista definitiva só deveria ser conhecida mais tarde.

Esta quarta-feira, o mesmo gestor judicial adiantou ao Negócios que a dívida total reclamada da Lisgráfica rondava os 78,7 milhões de euros, ressalvando que neste montante estão incluídos os créditos sob condição, que só seriam validados se a empresa não visse aprovado o plano de recuperação, ou seja, se seguisse para liquidação. 

Questionado sobre o perdão total da dívida da Lisgráfica, Nuno Nascimento Lemos atirou as contas finais para mais tarde.

 

A banca, entre os quais o BCP e o Novo Banco - que já deverão ter reconhecido as suas perdas nesta empresa por cessão de créditos ou em sede de imparidades -, surgem à frente das centenas de credores da Lisgráfica, que conta com 120 trabalhadores.

 

A empresa registou prejuízos líquidos de 571 mil euros na primeira metade de 2023, inferiores aos de 1,2 milhões de euros verificados no mesmo período do ano anterior, segundo anunciou em setembro.

 

De acordo com o relatório e contas do primeiro semestre, as vendas da Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas atingiram 4,08 milhões de euros no primeiro semestre, menos 20% do que no mesmo período de 2022 (5,1 milhões de euros).

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