A CP continua a trabalhar com a Bombardier para vir a ocupar cerca de 15 mil hectares da unidade da Amadora a partir de Setembro, através da sua participada Emef.

As conversas prosseguem, no quadro das indicações recebidas pela tutela e do protocolo assinado com a Agência Portuguesa para o Investimento (API) e Câmara da Amadora, disse o presidente da empresa. Martins de Brito, explicou, à margem do Fórum do Diário Económico sobre transportes e infra-estruturas, que a multinacional canadiana impôs uma reconfiguração da proposta inicial quanto ao espaço que seria ocupado.

O fabrico de vagões de mercadorias para a Bósnia continua a ser, para já, a única encomenda prevista para ocupar o espaço da Amadora, mas ainda tem de ser garantida. A Emef vai participar na consulta pública que vai ser promovida pela empresa de comboios da Bósnia junto da indústria nacional, que deverá incluir a Metalsines.

O fabrico das automotoras colocadas a concurso pela CP também poderá ir parar à Amadora, admitiu Martins de Brito. O concurso, cujo prazo de entrega de propostas termina a 31 de Agosto, exige que 40% das 25 locomotivas seja fabricado pela Emef, mas ainda não está decidido se será na Amadora, acrescentou.

A CP vai lançar a partir do próximo domingo, 11 de Julho, um novo serviço de inter-cidades, na linha para o Algarve, que vai servir Alcácer do Sal e Grândola. Este reforço corresponde às reivindicações da população destas localidades, adiantou o presidente da CP.

Em relação à resposta da procura ao reforço da oferta no chamado eixo atlântico (entre Braga e Faro), Martins de Brito refere que a sua leitura é prematura porque está distorcida pelo impacto do Euro 2004. Os comboios especiais para o evento registaram taxas de ocupação entre os 90% e os 100%.